ReThinking Pharma 2014

Especialistas da área farmacêutica debatem estratégias para o futuro

Ritmo do aumento da dívida ao sector da saúde abranda de 80 milhões por mês em 2012 para 34 milhões em 2014.

De acordo com Miguel Santos Silva, Coordenador do Re-Thinking Pharma 2014-2024, a regularização da dívida ao sector da saúde melhorou dos primeiros meses de 2012 até 2014. “Apesar dos esforços recentes, e da diminuição do ritmo de aumento da dívida, o aumento da mesma ao sector da saúde em Janeiro e Fevereiro de 2014 parece retomar uma tendência passada. Com o valor de Fevereiro de 2014, reforça-se a ideia de não ter existido uma alteração de tendência de crescimento da dívida”.

“O acréscimo absoluto de dívida em Janeiro e Fevereiro de 2014 não traduz qualquer abrandamento face a que sucedeu em 2013 fora do período de regularização da mesma, e esse ritmo é em média 34 milhões por mês, ou seja, cerca de 400 milhões por ano. Contudo o ritmo de acumulação de dívida é mais baixo do que o ritmo mensal dos primeiros meses de 2012 que eram cerca de 80 milhões por mês. Os esforços atuais são ainda susceptível de criar problemas sérios à sustentabilidade financeira do SNS, e mais uma vez, podemos dizer que a Indústria Farmacêutica agora, e nas últimas décadas tem sido o grande financiador do Estado para o sector saúde”, reforça o mesmo especialista.

Para Miguel Silva, “parece-nos estranho que perante a colaboração e enorme taxa de esforço da Indústria Farmacêutica na sustentação de uma crónica e enorme divida vencida, sejam anunciados mais cortes unilaterais para 2015. Relembro que o sector tem sido seriamente afectado e que os preços médios dos medicamentos vendidos nas farmácias diminuíram de 24% desde 2007. “

O Re-Thinking Pharma 2014-2024, o grande evento nacional dirigido a profissionais da Indústria farmacêutica que decorre nos dias 15 e 16 de maio no Hotel Aqualuz, em Tróia e será presidida por Sua Excelência o Secretário de Estado da Saúde, Dr. Manuel Teixeira. O evento conta com o apoio Oficial da AICEP, da APOGEN (Associação Portuguesa de Genéricos), da APDP (Associação portuguesa do Doente Diabético), da APMIF (Associação Portuguesa de Medicina Farmacêutica) e do IPAM/ IADE (Instituto Português de Administração e Marketing).

Fonte: 
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Nota: 
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