19 de Maio – Dia Mundial da Doença Inflamatória do Intestino

Doença inflamatória do intestino afecta cerca de 20.000 portugueses

APDI sensibiliza para as limitações que a doença inflamatória do intestino tem na vida de um doente.

Para assinalar o Dia Mundial da Doença Inflamatória do Intestino, que se celebra a 19 de Maio, a Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino (APDI) lança várias iniciativas que visam aproximar a população do peso que a Doença Inflamatória do Intestino (DII) tem na vida de um doente. Nesse sentido, durante todo o dia 19 de Maio, decorre em Lisboa, na Praça Luís de Camões, uma iniciativa de sensibilização à população que pretende alertar a população para as limitações que a DII impõe aos doentes e para o desconforto social ao qual estão sujeitos.

Composta pela representação do número de horas que um doente passa numa casa de banho e pelo número de metros de papel higiénico que um doente utiliza por ano, o que equivale à distância de uma mini maratona (10 quilómetros), esta iniciativa pretende representar o peso que a doença tem na vida das pessoas que dela sofrem. Paralelamente será distribuída informação sobre a doença inflamatória do intestino.

No dia 17 de Maio, sábado, realiza-se entre as 14h20 e as 18h00, no Anfiteatro do Hospital Egas Moniz, em Lisboa, uma conferência que, sob o tema “Saber mais sobre a doença de Crohn e a Colite Ulcerosa”, visa juntar vários especialistas e profissionais de saúde em torno da discussão sobre a doença inflamatória do intestino. Para além da abordagem à incidência e prevalência da doença, bem como do impacto psicológico que a mesma tem na vida dos doentes, vão também ser abordadas as complicações associadas à doença inflamatória do intestino, a gravidez, a alimentação e a emigração. A iniciativa não terminará sem que sejam expostas e discutidas a problemática sobre as diferenças entre os medicamentos biológicos e os biossimilares.

De acordo com João Machado, presidente da APDI, “a DII é uma doença incapacitante e que afecta em muito a qualidade de vida dos doentes, sobretudo porque se manifesta numa idade activa, em que as pessoas se encontram no pico das suas carreiras profissionais e no início das suas relações pessoais”. “Pior do que o fardo da doença, que limita em muito a vida dos jovens que dela sofrem, é o desconforto social e vergonha que estes sofrem e que os impede de ter uma adolescência e vida adulta normais”.

A DII engloba duas patologias – Doença de Crohn e Colite Ulcerosa – e manifesta-se frequentemente entre os 15 e 30 anos mas pode surgir em jovens de qualquer idade, sobretudo a partir da primeira década de vida. Sendo que, em 20 por cento dos casos a doença tem início durante a infância ou adolescência.

As crianças e jovens que sofrem desta doença do foro intestinal têm de lidar com surtos de dor abdominal e diarreia, o que obriga à necessidade de usar, de forma inesperada e frequente, a casa de banho. Na escola e noutros locais sociais, a doença pela sua natureza, desencadeia bastante desconforto físico e emocional, levando ao isolamento e à perda de actividade. 

Fonte: 
LPM Comunicação
Nota: 
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