Opinião

Quase metade dos diabéticos desenvolve retinopatia diabética

Atualizado: 
05/08/2021 - 16:20
Estima-se que 40 por cento dos diabéticos podem desenvolver retinopatia, sendo esta a principal causa de cegueira em pessoas com menos de 60 anos. Esta é uma doença que geralmente afeta ambos os olhos e caso não seja diagnosticada e tratada a tempo, pode causar lesões graves na visão e levar mesmo à cegueira.

Mas o que é a retinopatia diabética? Trata-se de uma manifestação ocular da diabetes que afeta a retina, a parte do olho responsável pela captação e envio das imagens para o cérebro. O seu aparecimento está diretamente relacionado com o tempo de duração da diabetes e com a falta de controlo da glicemia.

Para prevenir ou controlar as alterações provocadas pela retinopatia, o diabético deve realizar consultas regulares, obter informação sobre a sua condição e colaborar na gestão da mesma.  Deve, este, estar ciente que a melhor prevenção é através de um maior cuidado com a saúde em conjunto com um regime de vida que permita o controlo da doença. Os exames visuais regulares são elemento fundamental na deteção precoce de manifestações da retinopatia diabética, sobretudo porque os estágios iniciais são normalmente assintomáticos.

O tratamento para a retinopatia diabética nos estágios iniciais consiste no controlo dos níveis de glicose no sangue, o que permite evitar assim uma progressão da doença. Nos casos mais avançados de retinopatia diabética, o tratamento pode ser realizado com recurso a fotocoagulação por Laser ou antiangiogénicos.

O Optometrista é um profissional central nos cuidados para a saúde da visão, segundo a Organização Mundial da Saúde. O seu âmbito de prática não se limita ao diagnóstico, prescrição, terapêutica e reabilitação da condição visual. Também desempenha um papel de relevo na investigação e inovação científica, para a implementação de prática clínica baseada em evidência científica.

Autor: 
Raúl Sousa - Presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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