Doença Venosa Crónica: 5 sinais visíveis de alerta
Um número significativo de pessoas desvaloriza a Doença Venosa Crónica (DVC) e os seus sintomas numa fase inicial. Em Portugal, estima-se que esta patologia afeta 35% da população adulta, com maior incidência nas mulheres a partir dos 30 anos, sendo preocupante que uma grande maioria das pessoas afetadas não procure ajuda médica.
O diagnóstico tardio pode afetar a qualidade de vida dos doentes e tem também impacto social e económico. E, tratando-se de uma doença evolutiva, valorizar a patologia e iniciar o tratamento adequado atempadamente poderá contribuir para prevenir complicações.
As queixas iniciais - sensação de pernas pesadas, cansadas e com dor - são muitas vezes desconsideradas porque assume-se que são normais com a idade ou com a chegada do tempo quente. Mas podem não ser e, por isso, é recomendado que procure um profissional de saúde assim que identificar os primeiros sinais ou sintomas.
Para isso, há que estar alerta aos sintomas e/ou aos sinais visíveis nas pernas. Esta patologia afeta as paredes e válvulas das veias das pernas e dificulta a circulação do sangue para o coração. É fundamental saber reconhecer como se manifesta a patologia.
Conheça 5 sinais visíveis da DVC:
- Derrames - Conhecidas por “derrames”, as varizes reticulares são veias subdérmicas azuladas e dilatas, geralmente tortuosas com 1 a 3 mm de diâmetro;
- Varizes tronculares - Também chamadas de “veias varicosas”, são veias subcutâneas dilatas com 3 mm ou mais de diâmetro;
- Inchaço - O edema venoso, conhecido por inchaço, ocorre habitualmente na região do tornozelo, podendo estender-se à perna e ao pé;
- Pigmentação e/ou eczema - A pigmentação manifesta-se por escurecimento da pele que, normalmente, surge na zona do tornozelo como também na perna e pé. O eczema corresponde à dermatite eritematosa que, normalmente, aparece junto das varizes ou eu em qualquer zona do membro inferior;
- Lipodermatosclerose e/ou atrofia branca - Inflamação crónica e localizada, com fibrose da pele e dos tecidos subcutâneos, a atrofia branca caracteriza-se por uma área de tecido cutâneo atrófico, esbranquiçado, normalmente circular, rodeada por vasos capilares dilatados e, por vezes, por hiperpigmentação.
Caso suspeite que está perante uma situação de DVC, procure o seu médico ou farmacêutico, porque, como já referido, o tratamento adequado e atempado é crucial. O tratamento depende da presença e gravidade dos sintomas e deve ser adaptado caso a caso, podendo incluir medicamentos venoativos, compressão elástica, bem como intervenções cirúrgicas.