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Eficácia e segurança
Doenças como o sarampo ou a poliomielite já mataram milhões de pessoas.

As vacinas [1] são o meio mais eficaz e seguro de protecção contra certas doenças, mesmo quando a imunidade não é total, quem está vacinado tem maior capacidade de resistência na eventualidade da doença surgir. A descoberta das vacinas [2] constitui uma das maiores vitórias da medicina. Os seus princípios empíricos já são conhecidos há muito tempo, embora só recentemente tenham sido utilizados de forma moderna e massiva.

Em Portugal, administram-se vacinas desde o início do século XIX, designadamente a anti-variólica, mas foi apenas a partir de 1965, com a criação do Programa Nacional de Vacinação [3] (PNV) que os ganhos em saúde foram significativos. Todas as vacinas que fazem parte do Plano Nacional de Vacinação são gratuitas.

No final do ano de 1965 iniciou-se a vacinação em massa contra a poliomielite [4], registando-se então 292 casos da doença; no ano seguinte registaram-se apenas 13 casos, o que traduz uma redução de 96 por cento. Em 1966 acrescentou-se a vacina contra a tosse convulsa, a difteria [5], o tétano [6] e a varíola [7]. Nesse mesmo ano efectuou-se a vacinação em massa das crianças contra a difteria e a tosse convulsa, registando-se nesse ano 1010 casos de difteria e 973 casos de tosse convulsa; no ano seguinte, após a vacinação, registaram-se apenas 479 casos da primeira doença e 493 da segunda, ou seja, uma redução de 50 por cento.

O sarampo [8] (em 1974), a rubéola [9] e a parotidite (em 1987) foram as vacinas seguintes a ser introduzidas no PNV. Seguiu-se o Haemophilus influenzae [10]b e a hepatite B [11] (Janeiro de 2000). Mais recentemente, em Janeiro de 2006, o PNV recebeu a vacina conjugada contra o meningococo-C e, em 2008, a vacina contra o vírus do papiloma humano [12] (HPV).

Outra vitória enorme da vacinação, ainda mais espectacular a nível mundial, foi a erradicação da varíola. Esta doença, que durante muitos séculos matou milhões de pessoas, foi considerada eliminada em 1978 e erradicada em 1980; o último caso de doença ocorreu na Etiópia em 1977.

Desde 1965, em Portugal foram vacinados mais de sete milhões de crianças e vários milhões de adultos através do PNV, que é universal e gratuito. As doenças abrangidas estão eliminadas ou controladas, tendo-se evitado milhares de casos de doença e centenas de mortes, sobretudo em crianças, que teriam ocorrido na ausência de vacinação. As vacinas incluídas no PNV são muito importantes para a Saúde Pública e permitem combater doenças como a difteria, doença invasiva por Haemophilus influenzae b, doença invasiva por Neisseria meningitidis C (meningite C), Hepatite B, Papeira [13] (trasorelho ou parotidite epidémica), Papiloma humano (desde Outubro de 2008), Poliomielite (paralisia infantil), Rubéola, Sarampo, Tétano, Tosse convulsa (coqueluche ou pertussis) e Tuberculose [14].

Embora as vacinas sejam administradas sobretudo em crianças e adolescentes os adultos devem ter actualizadas as suas vacinações contra a hepatite B, principalmente se tiverem comportamentos de risco, como toxicomania, promiscuidade sexual, etc., e contra a difteria e o tétano (reforços de 10 em 10 anos).

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