O aspecto cultural que caracteriza o Verão leva-nos a ingerir alimentos mais leves, frescos e menos calóricos. Não só porque a temperatura nos empurra para essas escolhas, mas também porque estamos mais atentos ao acumular de gorduras durante o Inverno.
Cometer alguns excessos alimentares em ocasiões especiais, como por exemplo no Natal, na Passagem de Ano e na Páscoa, alturas em que é difícil resistir a tão vastas e aliciantes propostas gastronómicas, não representa um perigo para a saúde, desde que, este comportamento não se arraste durante dias ou mesmo semanas consecutivas. No entanto, este tipo de vida tão pouco saudável em termos de alimentação – a que se juntam, quase sempre, estilos de vida muito sedentários – é particularmente prejudicial para as pessoas que sofrem de problemas digestivos, gastrointestinais e biliares, para além de poderem originar outras consequências, tais como a subida da tensão arterial [1], dos níveis de colesterol [2] e dos triglicéridos [3], muitas vezes já aumentados, além de também contribuirem para um aumento de peso.
Assim, passada que está esta época de pequenos grandes exageros, há que proceder à “desintoxicação” do organismo e, para o efeito, existem várias formas de o fazer.
A limpeza do organismo e a perda de peso não se fazem através da privação dos alimentos, mas através da sua ingestão criteriosa. É fundamental continuar a comer de tudo, só que de forma equilibrada. Ou seja, importa diversificar e fraccionar os alimentos ao máximo e apostar mais em alguns em concreto. Por exemplo, deve-se reduzir ao máximo as gorduras de origem animal, comer mais fruta, produtos hortícolas e cereais pouco refinados.
No que respeita à carne, deve dar-se prioridade às carnes brancas, uma vez que são mais saudáveis do que as vermelhas. O peixe deve ser consumido, preferencialmente, cozido ou grelhado.
É importante conhecer a pirâmide dos alimentos e a forma como estes se comportam no organismo. Esta mesma tese é válida tanto para os casos em que se pretende manter o peso certo como para purificar o organismo dos excessos. Também se deve beber muita água durante o dia, já que esta ajuda à limpeza orgânica do organismo.
Exercício Físico [4]
Segundo os especialistas, a adopção de um plano alimentar saudável e equilibrado no dia-a-dia não invalida a prática de exercício físico. Ao contrário, estes completam-se na perfeição. Por vezes, basta implementar o hábito de andar a pé, em passo acelerado, todos os dias pelo menos durante 20 a 30 minutos, de manhã e à tarde.
Para evitar o peso a mais e queimar calorias [5], recomenda-se a marcha ou o subir escadas com alguma frequência.
É claro que a ida ao ginásio também pode ser uma solução, mas, não é forçoso que a prática de uma actividade física [6] tenha de passar necessariamente por estas academias. O que importa verdadeiramente é que o exercício seja apropriado às necessidades de cada indivíduo, tendo em conta a importância desta actividade ao nível do aparelho cardiovascular e como meio de consumir as calorias.
Tratamento farmacológico
Os ácidos gordos ómega 3 (EPA/DHA) são um tipo de gordura sem a qual o nosso organismo não funciona adequadamente. Por essa razão, este ácido gordo é chamado de “essencial” e deve ser incluído na dieta alimentar.
Os ómega 3 são conhecidos como um nutriente cardioprotector, permitindo a diminuição dos triglicéridos no sangue; a prevenção de batimento cardíaco irregular (arritmia); a redução da agregação plaquetária e o aumento da fluidez do sangue. Ou seja, previnem a formação de placas de aterosclerose [7] responsáveis pelo entupimento progressivo das artérias e asseguram uma maior elasticidade das paredes das veias.
Em 2002, foi publicado na revista Circulation o estudo italiano GISSI, que avaliou os efeitos do consumo diário de um medicamento ómega-3 (EPA/DHA) marinhos, em doentes que haviam sofrido um enfarte do miocárdio [8]. Com esta pesquisa verificou-se uma redução de 28 por cento da mortalidade total e de 47 por cento da morte súbita naqueles indivíduos.
Opções não farmacológicas
Chás
As catequinas do chá verde [9] conferem uma protecção natural contra as doenças cardiovasculares [10], ao mesmo tempo que são um forte aliado para todos os que querem reduzir a gordura abdominal.
Assim, ao mesmo tempo que está a beber uma chávena de chá verde pode estar a proteger o seu organismo dos efeitos nocivos da poluição ou dos maus hábitos alimentares, pois as catequinas, um fitonutriente da família dos polifenóis, tem uma forte acção antioxidante [11]. E, como de todos os chás é o menos fermentado, preserva assim uma maior quantidade de catequinas.
Vitamina C
A vitamina C [12] é indispensável para o metabolismo de absorção do ferro [13] e da formação de hemoglobina (glóbulos vermelhos do sangue [14]). Tem acção desintoxicante.
A vitamina C (ácido ascórbico) é encontrada nas frutas, principalmente na laranja [15], limão, mamão, caju, kiwi, goiaba, abacaxi, morango, e melão. Também o agrião, a salsa, a alface, o repolho, a abóbora, o pimentão, a fava, o tomate [16], a cenoura [17] e outros vegetais frescos são portadores da vitamina C. A vitamina C é facilmente destruída pelo calor e pela luz, portanto estes alimentos devem ser armazenados em local fresco e escuro e preparados ou cozidos da maneira mais rápida possível.
Guaraná
O Guaraná constitui a matéria vegetal mais rica em cafeína actualmente conhecida e apresenta numerosos benefícios, principalmente porque permite ao organismo “queimar” mais rapidamente as suas gorduras. É possível encontrar no mercado esta substância em diversas formulações.
Ligações
[1] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/tensao-arterial
[2] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/colesterol
[3] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/trigliceridos
[4] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/exercicio-fisico
[5] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/caloria
[6] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/desporto-e-actividade-fisica
[7] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/aterosclerose
[8] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/enfarte-agudo-do-miocardio
[9] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/cha-verde
[10] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/doencas-cardiovasculares
[11] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/antioxidantes
[12] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/vitamina-c
[13] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/ferro
[14] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/sangue
[15] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/laranja
[16] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/tomate
[17] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/cenoura
[18] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[19] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-cardiovascular
[20] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-circulatorio
[21] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/alimentacao-receitas-e-dietas