As vacinas [1] são o meio mais eficaz e seguro de protecção contra certas doenças. Mesmo quando a imunidade não é total, quem está vacinado tem maior capacidade de resistência na eventualidade da doença surgir.
E se isto é verdade para a população em geral é, particularmente, certo para determinados grupos de pessoas que pela sua condição de saúde especial, os tornal mais vulneráveis à doença.
Crianças pré-termo e de baixo peso
Os prematuros (nascidos antes das 37 semanas de gestação), são particularmente susceptíveis às infecções. Os anticorpos [2] maternos, que passam durante a gravidez [3] da mãe para o bebé, estão presentes em níveis mais baixos e durante um período de tempo inferior ao das crianças de termo. Este facto, faz com que a morbilidade e/ou gravidade das doenças evitáveis pela vacinação possa ser superior neste grupo, pelo que a vacinação das crianças pré-termo não deve ser adiada.
Os prematuros clinicamente estáveis, devem ser vacinados de acordo com o esquema recomendado no Plano Nacional de Vacinação [4], com as mesmas doses e na mesma idade cronológica que as crianças de termo, independentemente do peso à nascença, excepto para o BCG e para a VHB. Nas crianças nascidas com peso inferior a 2000 g, a BCG deve ser adiada para quando atingirem esse peso.
Nos recém-nascidos de mãe sem hepatite B (Ag HBs negativo), nascidos com peso inferior a 2000 g, a VHB deve ser adiada para quando tiverem um mês de idade ou para quando atingirem esse peso. No caso das mães com Ag HBs positivo, os recém-nascidos com peso inferior a 2000 g, devem seguir um esquema cronológico com quatro doses, a administrar aos 0, 1, 2 e 6 meses de idade.
Gravidez e amamentação
A vacinação durante a gravidez pode estar indicada se houver um risco elevado de infecção, se a doença implicar um risco significativo para a mãe e/ou para o feto e se o risco de reacções adversas à vacinação for aceitável. Em caso de indicação para vacinar, se possível, deve considerar-se a possibilidade de adiar a vacinação para o segundo ou terceiro trimestre.
Na grávida as vacinas inactivadas são, geralmente, consideradas seguras para o feto e as vacinas vivas, em princípio, contra-indicadas (VASPR).
A grávida deve ter a vacina contra o tétano [5] actualizada de forma a prevenir o tétano neonatal, situação rara nos países desenvolvidos. Assim uma decisão de vacinar contra o tétano durante a gravidez, assim como o número de doses a administrar, deve basear-se no número total de doses do toxóide tetânico recebidas durante toda a vida da grávida e de quanto tempo decorreu desde a última administração.
A grávida deve ser vacinada com a vacina da gripe sazonal ou pandémica [6] a partir do segundo trimestre, não só para a sua protecção de uma eventual evolução grave da doença durante a gravidez, mas também para proteger o seu bebé nos primeiros meses de vida através da passagem de anticorpos da mãe para o feto.
A vacinação de mulheres que estão a amamentar não interfere com o esquema de vacinação recomendado aos lactentes. As mães que amamentam e que não têm as vacinas do Plano Nacional de Vacinação em dia devem actualizá-lo.
Indivíduos com alterações imunitárias
Ligações
[1] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/vacinas
[2] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/anticorpos
[3] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/gravidez
[4] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/programa-nacional-de-vacinacao
[5] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/tetano
[6] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/gripe-sazonal-vs-gripe-pandemica
[7] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/vacinascompt
[8] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[9] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/saude-infantil
[10] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/saude-da-mulher
[11] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/parentalidade