As anfetaminas são substâncias obtidas artificialmente a partir do alcalóide de uma planta denominada Ephedra vulgaris, tendo capacidade de provocar um efeito estimulante do sistema nervoso central semelhante ao da cocaína [1], pois diminui o cansaço, o sono e o apetite e provoca uma sensação de bem-estar.
A ação destas substâncias varia consideravelmente, dependendo do indivíduo, do ambiente e das circunstâncias.
Podem referir-se, no entanto, os seus efeitos mais comuns:
Sensação de euforia manifestada sob a forma de: excitação nervosa, insónia [2], loquacidade, aumento do grau de confiança e da auto-satisfação, agitação e, em algumas ocasiões, agressividade, falta de apetite, fadiga e hiperactividade.
Uma das ações próprias das anfetaminas é a sua capacidade de incrementar o nível de atenção e de concentração em determinadas tarefas, razão suficiente para o seu uso difundido nos meios estudantis.
A nível físico, a pessoa pode manifestar:
- Transpiração;
- Sede;
- Taquicardia [3];
- Aumento da tensão arterial [4];
- Náuseas;
- Má disposição;
- Dor de cabeça [5];
- Vertigens [6];
- Frequência de tiques exagerados e anormais da mandíbula ou movimentos estereotipados.
As sobredosagens aumentam a temperatura corporal e podem causar:
- Inquietação;
- Alucinações;
- Irritabilidade;
- Taquicardia;
- Náuseas e vómitos [7];
- Cãibras no abdómen;
- Insuficiência respiratória e cianose;
- Impotência e alterações na libido;
- Dificuldade de micção;
- Convulsões;
- Morte.
- Quando são administradas por via oral com fins terapêuticos, por exemplo para emagrecer, é menor a probabilidade de ficar dependente;
- O abuso de anfetaminas por via oral e o seu consumo por via intravenosa produz efeitos similares aos da cocaína;
- Provoca graves depressões, uma alta tolerância e intensa dependência psicológica, o que desencadeia um forte desejo da substância e uma necessidade imperiosa de a consumir;
- A característica mais notável é o aparecimento do quadro denominado psicose tóxica anfetamínica, caracterizado por hiperexcitabilidade, tremores, sintomas delirantes e alucinatórios. Esta psicose tóxica pode, com frequência, ser confundida com a esquizofrenia [8].
É provável, que os sintomas de abstinência, próprios dos dependentes das anfetaminas, não obedeçam tanto à falta desta droga como ao esgotamento dos sistemas de neuro transmissão adrenérgico e dopaminérgico (Beneit et al., 1990). Trata-se de um quadro clínico caracterizado pela letargia, fadiga, insónia ou hipersónia e depressão. Vai desaparecendo em poucos dias, embora os seus efeitos residuais, como a irritabilidade, alterações do sono e inclusivamente as ideias suicidas, possam persistir durante meses.
Alguns derivados anfetamínicos continuam a ser utilizados como anorexígénios no tratamento da obesidade, embora o tempo da sua administração tenha que ser muito limitado devido ao rápido desenvolvimento da tolerância.
No âmbito da psiquiatria, utiliza-se no tratamento de perturbações com deficit de atenção da criança e como coadjuvante nalguns tipos de depressão.
Ligações
[1] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/cocaina
[2] http://www.atlasdasaude.pt/content/insonia
[3] http://www.atlasdasaude.pt/content/taquicardia
[4] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/tensao-arterial
[5] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/dor-de-cabeca-cefaleias
[6] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/vertigem
[7] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/nauseas-e-vomitos
[8] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/esquizofrenia
[9] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/instituto-da-droga-e-da-toxicodepencia
[10] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/medipediapt
[11] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[12] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/tabaco-alcool-e-drogas