A erisipela é uma infecção bacteriana da pele [1] mas que pode numa porção mais profunda atingir o tecido subcutâneo (derme profunda e tecido gorduroso). A bactéria responsável por esta infecção é o estreptococo que entra na pele a partir de uma lesão através das gotas de saliva microscópicas, contaminadas e expelidas ao falar, tossir ou através dos espirros. Em condições normais, as bactérias não conseguem penetrar na pele.
A ferida pode ser microscópica mas os estreptococos conseguem atravessar a superfície da pele [2] e provocar infecção, mais frequente nas pessoas com o sistema imunitário enfraquecido, ou em diabéticos, obesos e pessoas com problemas na circulação sanguínea venosa, como insuficiência venosa crónica [3]. Pode todavia surgir em qualquer pessoa de qualquer idade.
O tempo de incubação pode ir até oito dias, mas a progressão é rápida, podendo atingir áreas extensas em pouco tempo. Aparece geralmente nas pernas, mas pode surgir na cara, tronco e braços.
O diagnóstico é feito através da observação da pele e dos sinais e sintomas descritos pelo doente. Podem ser realizadas análises [4] ao sangue para avaliar a evolução da doença.
Esta infecção caracteriza-se por sintomas gerais e cutâneos. Ou seja, ao nível da pele o doente apresenta vermelhidão, dor [5] e edema (inchaço) da região afectada, sendo que nos casos mais graves podem desenvolver-se feridas. Também em alguns casos pode haver a formação de bolhas [6] e neste caso chama-se de erisipela bolhosa.
Ao nível dos sintomas gerais, o doente refere febre [7], arrepios, perda de apetite e mal-estar geral e, habitualmente, ocorre o aumento dos gânglios linfáticos regionais (comummente chamadas de ínguas).
Quando se procede ao tratamento oportuno, as manifestações cedem rapidamente. Se a infecção não for imediatamente tratada pode provocar algumas complicações. Por exemplo a formação de abcessos cutâneos, cuja cura provoca o aparecimento de cicatrizes, e a disseminação da infecção a outros órgãos e tecidos.
Habitualmente o tratamento é baseado em antibioterapia específica para a bactéria causadora, mas deve tratar-se também a origem da infecção (porta de entrada da bactéria), para evitar o retorno da doença.
Pode ser necessária a administração de medicamentos para as dores e baixar a febre. Para reduzir o edema são necessários grandes períodos de repouso, com as pernas levantadas e, se necessário, colocar ligaduras elásticas. A aplicação de compressas frias sobre as lesões pode aliviar a dor local.
Ligações
[1] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/infeccoes-bacterianas-da-pele
[2] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/pele
[3] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/doenca-venosa-cronica-0
[4] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/analises-clinicas
[5] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/dor
[6] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/bolhas
[7] http://www.atlasdasaude.pt/content/febre
[8] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/dermatologianet
[9] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/medipediapt
[10] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[11] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-pele
[12] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-nervoso
[13] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/corpo-humano
[14] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/infeccoes
[15] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/infeccoes-bacterianas