São vários os fatores de risco conhecidos para o melanoma [1] sendo o mais importante a exposição intensa e de curta duração à radiação ultravioleta, em particular a radiação UVB. As queimaduras solares, os solários [2], a exposição solar [3] recreacional intensa (férias relâmpago em países perto do equador) são tudo fatores relacionados com o aumento da incidência de melanoma.
Naturalmente que os fatores endógenos, como o tipo de pele [4] de cada um – fototipo 1 e 2 - com pele clara, cabelo claro, olhos azuis e número de “sinais” presentes – nevos-, também são um fator de risco a considerar, assim como a história familiar ou pessoal de nevos atípicos e de melanoma no passado.
Na prevenção primária do cancro cutâneo [5] e do Melanoma, as medidas de evição solar e de proteção solar têm merecido destaque. A recomendação de aplicação generosa e repetida de filtros solares tem sido uma das medidadas mais divulgadas. No presente, alguns estudos sobre a segurança dos vulgares filtros solares têm levantado dúvidas, nomeadamente em relação à absorção sistémica resultante da aplicação generosa dos mesmos e suas consequências, assim como o possível dano infligido à vida marinha e aos recifes de corais nos locais com exposição massiça a banhistas. Melhores e mais seguros filtros solares, sem as substâncias mais problemáticas como a oxibenzona, têm vindo a ser aconselhados.
No campo da prevenção secundária, no respeitante às campanhas de rastreio de cancro cutâneo e diagnóstico precoce, também têm surgido controvérsias sobre a sua utilidade. É que, apesar de todo o esforço desenvolvido, a taxa de mortalidade referente ao melanoma baixa muito pouco. Especialistas nos EUA debatem a utilidade das mesmas, riscos do sobrediagnóstico, das intervenções excessivas e efeitos cosméticos das mesmas (cicatrizes) versus os resultados clínicos práticos – mais vidas salvas.
No entanto, apesar de todas as controvérsias, os dermatologistas dos diferentes estudos são consensuais: é necessário continuar a proteger da exposição solar excessiva e fazer vigilância dermatológica no seu especialista – o dermatologista.
Ligações
[1] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/melanoma
[2] https://www.atlasdasaude.pt/solarios-perigos
[3] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/exposicao-ao-sol
[4] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/tipo-de-pele
[5] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/sera-que-sabe-tudo-sobre-cancro-cutaneo
[6] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/70-dos-melanomas-podem-ser-evitados
[7] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/melanoma-avancado-novos-agentes-terapeuticos-revelam-se-mais-eficazes
[8] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/auto-exame-sua-pele
[9] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[10] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-pele
[11] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/tumores
[12] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/artigos-de-opiniao
[13] https://www.atlasdasaude.pt/autores/dra-leonor-girao-dermatologista-na-clinica-dermatologia-do-areeiro