A causa da leucoplasia é desconhecida, mas o tabaco, fumado, mascado ou mastigado, é considerado o principal culpado do seu desenvolvimento.
Geralmente, a leucoplasia não é perigosa, mas, por vezes, pode ser grave. Apesar de a maioria das placas de leucoplasia ser benigna, uma pequena percentagem apresenta sinais precoces de cancro e muitos dos cancros da boca ocorrem perto das áreas de leucoplasia. Por esse motivo, é melhor consultar o seu dentista caso possua alterações incomuns e persistentes na boca.
A leucoplasia pode possuir diversos aspectos. Ocorrem geralmente alterações nas gengivas, no interior das bochechas, na parte inferior da boca e, por vezes, na língua. A leucoplasia pode ter o seguinte aspecto:
Um tipo de leucoplasia denominada leucoplasia pilosa afecta principalmente pessoas cujos sistemas imunitários foram enfraquecidos por medicação ou doença, especialmente VIH/SIDA [1]. A leucoplasia pilosa provoca placas brancas e pilosas que se assemelham a pregas ou elevações nas partes laterais da língua. É geralmente confundida com candidíase oral, uma infecção marcada por placas de cor branca creme na área que se estende da parte posterior da língua à parte superior do esófago (faringe [2]) e no interior das bochechas. A candidíase oral [3] é comum em pessoas com VIH/SIDA.
Por vezes, as feridas na boca podem ser incómodas e dolorosas sem serem perigosas. Mas, noutros casos, os problemas orais podem indicar uma situação mais grave. Por esse motivo, consulte o seu dentista caso apresente:
A causa da leucoplasia depende do tipo de leucoplasia que possui, a padrão ou a pilosa.
Apesar da causa da leucoplasia ser desconhecida, o consumo de tabaco, seja fumado ou mastigado, parece ser responsável pela maioria dos casos. Três em quatro utilizadores de produtos de tabaco sem combustão acabam por desenvolver leucoplasia onde mantêm o tabaco contra as bochechas. O consumo a longo prazo de álcool e de outros irritantes crónicos pode igualmente contribuir para a ocorrência de leucoplasia.
Por vezes denominada leucoplasia pilosa oral, resulta de uma infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV) [4]. Após ter sido infectado com EBV, o vírus permanece no seu corpo para sempre. Normalmente, o vírus está adormecido, mas caso o seu sistema imunitário esteja enfraquecido, devido a doença ou a determinados medicamentos, o vírus pode reactivar, resultando em problemas como a leucoplasia pilosa.
As pessoas que vivem com VIH/SIDA tendem especialmente a desenvolver leucoplasia pilosa. Apesar de a utilização de medicamentos antirretrovirais ter reduzido o número de casos, a leucoplasia pilosa ainda afecta 25% das pessoas seropositivas e pode ser um dos primeiros sinais de infeção por VIH. O aspecto da leucoplasia pilosa oral pode igualmente ser uma indicação de que a terapia antirretroviral não está a surtir efeito.
Muitas vezes, os dentistas diagnosticam leucoplasia examinando as placas na boca e excluindo outras causas possíveis. Para analisar se se trata de sinais de cancro, o seu dentista poderá:
No caso da maioria das pessoas, parar o consumo de tabaco [6] ou álcool [7] geralmente elimina o problema. Quando isto não é eficaz ou se as lesões apresentarem sinais de cancro, o seu dentista pode encaminhá-lo para tratamento, que envolve:
Uma vez que o seu prognóstico é melhor quando a leucoplasia é descoberta e tratada com antecedência, quando é pequena, é importante examiná-la com regularidade como, por exemplo, inspeccionando frequentemente a boca, verificando se existem áreas que não parecem estar normais.
Os efeitos dos retinoides, derivados da vitamina A utilizados para tratar acne grave e outros problemas dermatológicos, na leucoplasia foram investigados por pesquisadores. Parecem ter um efeito limitado no controlo da leucoplasia.
Nem todos os casos de leucoplasia pilosa necessitam de tratamento e o seu médico ou dentista pode preferir aguardar, mantendo-o/a em observação. Caso necessite de tratamento, existem diversas opções disponíveis:
Medicação sistémica, que inclui medicamentos antivirais, que impedem que o vírus Epstein-Barr se reproduza, mas que não o eliminam do corpo. Os tratamentos com antivirais podem eliminar as placas da leucoplasia, mas estas regressam geralmente quando a terapia termina.
Medicação tópica que inclui soluções de resina de podofilina e tretinoína (ácido retinoico). Quando aplicadas de forma tópica, estas terapias podem melhorar o aspecto das placas de leucoplasia mas assim que se para a medicação, pode piorar.
Ligações
[1] http://www.atlasdasaude.pt/content/vih
[2] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/faringe
[3] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/candidiase-oral
[4] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/o-virus-epstein-barr-pode-ser-responsavel-por-inumeras-doencas
[5] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/biopsia-0
[6] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/o-tabaco
[7] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/historia-do-alcool
[8] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/boca-e-um-reflexo-da-nossa-saude
[9] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/infeccoes-orais
[10] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/nossa-boca-diz-nos-muito-sobre-nossa-saude
[11] https://www.atlasdasaude.pt/taxonomy/term/47792
[12] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[13] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/saude-oral
[14] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/tumores
[15] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/tabaco-alcool-e-drogas