Nas idades mais avançadas, pode haver reativação devido a determinados fatores de risco, como por exemplo, imunossupressão ou traumatismo, entre outros. O vírus reativado multiplica-se e migra pelo nervo sensitivo até à pele, onde provoca lesões características de “zona”.
No território do nervo acometido pelo vírus:
Os gânglios linfáticos regionais podem estar aumentados.
Muitos destes sintomas precedem geralmente as manifestações cutâneas. Em casos mais raros, pode também ocorrer afeção do nervo sem lesões cutâneas.
Por vezes, verificam-se, simultaneamente, sintomas semelhantes a uma gripe [1].
As lesões cutâneas aparecem apenas num lado do corpo, na área correspondente ao nervo e gânglio acometidos, que se designa por dermátomo.
Geralmente aparecem predominantemente no tórax (<50%), face (10-20%), região lombosagrada e pescoço (10-20%).
Caracterizam-se pelo aparecimento de pápulas [2] avermelhadas que evoluem para vesículas [3] em 48 horas, posteriormente para pústulas em 96h e finalmente há formação de crostas entre 7 a 10 dias.
Geralmente é uma condição benigna, mais preocupante em casos em que existe afeção do olho (zoster oftálmico) ou nos imunossuprimidos.
A vacinação contra o vírus da varicela [4] diminui a incidência do zoster (não está incluída no Plano Nacional de Vacinação).
Deve haver sempre uma avaliação médica para se definir o diagnóstico e o tratamento corretos.
A terapêutica é efetuada com fármacos antivirais orais, tais como o valaciclovir. Pode ser necessário repouso no leito e controlo da dor com analgésicos.
Se houver infeção bacteriana secundária das lesões cutâneas, utilizam-se antibióticos tópicos.
Quando há atingimento ocular (pálpebras e olho) é obrigatória a observação por oftalmologia, porque pode haver complicações graves como a cegueira.
Pacientes com imunossupressão grave poderão necessitar de internamento para realização de terapêutica endovenosa.
É uma das potenciais complicações da infeção por herpes-zoster. Consiste em dor constante, intensa, em punhalada ou queimadura, que pode persistir durante meses ou mesmo anos numa minoria dos pacientes (10-15%). É mais comum nos idosos e nos casos em que houve atraso no início do tratamento.
Trata-se com fármacos direcionados para este tipo de dor: gabapentina, pregabalina, antidepressivos tricíclicos. Em casos refratários, efetua-se bloqueio do nervo.
Ligações
[1] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/gripe
[2] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/papulas
[3] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/vesiculas
[4] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/varicela-0
[5] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/vida-depois-da-menopausa
[6] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/varicela-contagio-que-passa-despercebido
[7] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[8] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/infeccoes-virais
[9] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-pele
[10] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/infeccoes
[11] https://www.atlasdasaude.pt/autores/dra-ana-marcos-pinto-clinica-universitaria-dermatologica-de-lisboa-hospital-de-santa-maria
[12] https://www.atlasdasaude.pt/autores/prof-dr-joao-borges-da-costa-clinica-universitaria-dermatologica-de-lisboa-hospital-de-san-0