As glândulas sudoríparas estão espalhadas por toda a extensão da pele e são responsáveis pela produção do suor. A sua principal função é regular e manter a temperatura do corpo que deve permanecer, mais ou menos, nos 36,5º C.
Contudo, existem dois tipos de glândulas sudoríparas: as écrinas e as apócrinas. As écrinas estão distribuídas pela superfície total do corpo desde o nascimento e têm função termorreguladora. O suor que eliminam pelos poros é constituído basicamente por água e alguns sais que não se decompõem. Por isso, praticamente não exalam nenhum cheiro.
As apócrinas, por sua vez, desenvolvem-se apenas em algumas regiões do corpo: axilas, área genital, couro cabeludo, à volta dos mamilos. O suor que segregam é eliminado através dos folículos pilosos e, além de água e alguns sais, contém restos celulares e do metabolismo que podem produzir odores desagradáveis quando expostos à acção de bactérias e fungos, em ambientes em que o calor, a humidade e a falta de luz sejam predominantes. A esta condição é chamada bromidrose.
Assim, a bromidrose é o suor com cheiro desagradável, que ocorre nas axilas ou nos pés. Pode atingir qualquer pessoa independentemente da idade ou sexo, no entanto, a bromidrose tende a ser mais comum nos jovens do sexo masculino, dada a secreção hormonal que conduz a uma maior tendência para transpirar. Desta forma, é facilitado o aparecimento e a propagação de fungos e bactérias, os verdadeiros responsáveis pelo mau odor, que encontram nessas zonas (axilas e pés) um ambiente propício (quente e húmido) para se viver.
Além da acção dos micróbios, diabetes [1], alcoolismo [2], certos alimentos (cebola, alho, pimentas), alguns antibióticos e certas hormonas podem alterar o odor da transpiração, atribuindo-lhe características peculiares e desagradáveis.
O sinal clínico apresentado é o odor fétido nessas regiões do corpo após situações que provoquem a sudorese (sudação) [3]. Nos pés, podem acompanhar o quadro a maceração (aspecto esbranquiçado da pele) ou descamação da pele.
O tratamento visa diminuir a população bacteriana nos locais afectados e, assim, controlar sua actuação sobre a secreção sudoral. Portanto, corresponde a uma rigorosa limpeza da zona, complementada com a utilização de desodorizantes especiais.
Pode ser feito com o uso de produtos sob a forma de talcos, sprays ou cremes contendo antibióticos e outras substâncias que dificultam o crescimento das bactérias. Quando o problema se localiza nas axilas, estas devem ser depiladas. Em alguns casos especiais, pode-se proceder à extracção das acumulações de glândulas sudoríparas na zona.
Assim, para evitar o aparecimento da bromidrose recomenda-se:
Ligações
[1] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/diabetes
[2] http://www.atlasdasaude.pt/content/alcoolismo
[3] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/sudacao
[4] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/hiperidrose
[5] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/anidrose
[6] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/disidrose
[7] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/dermatologianet
[8] https://www.atlasdasaude.pt/taxonomy/term/47793
[9] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[10] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-pele
[11] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/artigos-complementares
[12] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/corpo-humano