A disidrose, também conhecida como eczema ou dermatite distrófica, é uma doença de etiologia ainda desconhecida que se caracteriza por erupções de bolhas [1] nas mãos e pés, resultantes, provavelmente, da retenção de sudorese entre as células da epiderme [2].
A palavra disidrose (dis=defeito e hidrose=produção de água ou suor) foi usada pela primeira vez em 1873, porque na época acreditava-se que a doença era causada por distúrbios sudoríparos. Já em 1876, alguns estudos atribuíram a doença a factores nervosos e modificaram o nome para Phompholix. Actualmente a disidrose é considerada uma reacção eczematizada.
Inicia-se com prurido e assume características peculiares por atingir mãos e pés, onde a pele tem características especiais, sendo mais espessada. O prurido pode ser tão intenso, que o acto de coçar rompe as bolhas que eliminam um fluído transparente. O líquido presente nas lesões resulta de processo inflamatório.
Como se trata de uma doença de causas ainda não totalmente conhecidas é necessário um diagnóstico bem detalhado na tentativa da identificação da causa ou dos desencadeantes do processo.
A doença é reincidente e, por isso, é feito um histórico detalhado dos surtos, exame das lesões e exames complementares, caso seja necessário. Poderá ser útil descartar a hipótese de infecção fúngica, uma vez que pode ser um dos factores da desidrose, bem como, certas micoses cutâneas, dermatite de contacto [3] e dermatite atópica [4] ou alguns medicamentos como a penicilina.
As manifestações clínicas ocorrem em surtos que se repetem e duram de uma a duas semanas. O sintoma mais comum associado à disidrose é o prurido (comichão). O coçar faz rebentar as bolhinhas e podem surgir crostas [5].
Na maioria das vezes, a disidrose tem resolução espontânea e não requer qualquer tratamento. No entanto como medida generalizada, recomenda-se a lavagem das mãos, seguida da frequente aplicação de emolientes. O contacto directo com substâncias irritantes e produtos de limpeza deve ser evitado. O uso de antibióticos é recomendado apenas quando há indícios de infecções secundárias. No casos mais graves pode ser útil o uso de corticosteróides tópicos.
Ligações
[1] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/bolhas
[2] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/epiderme
[3] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/sabe-o-que-e-dermatite-de-contacto
[4] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/dermatite-atopica-doenca-inflamatoria-conica-de-pele-que-da-comichao-intensa
[5] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/crostas
[6] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/anidrose
[7] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/bromidrose
[8] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/hiperidrose
[9] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/dermatologianet
[10] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/medipediapt
[11] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[12] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-pele