Esta doença é muito mais comum do que possa pensar, atingindo mais de 1/3 da população adulta portuguesa. Embora também afete os homens, é mais frequente na população feminina (7 em cada 10 mulheres com mais de 30 anos sofre deste problema).
Como o nome indica, é uma doença que afeta o sistema venoso. Mas para perceber melhor do que se trata, é importante reconhecer o papel do sistema venoso no nosso organismo.
O sistema venoso é o responsável pelo retorno do sangue ao coração. Para que tal aconteça ao nível dos membros inferiores é necessário contrariar a força da gravidade e, para isso, contribuem 3 elementos principais:
A sola dos pés, que impulsiona o sangue no sentido ascendente;
A musculatura das pernas, que ao contrair impulsiona o fluxo sanguíneo;
As válvulas venosas, que se encontram nas veias das pernas e garantem que o fluxo sanguíneo é unidirecional, isto é, que o sangue se desloca apenas no sentido ascendente, em direção ao coração, e impedem que o sangue regresse para os pés.
Quando este sistema não funciona corretamente, sobretudo por incompetência das válvulas venosas, a circulação do sangue para o coração é deficiente, acabando por se acumular nas pernas. Numa primeira fase, esta situação condiciona o aparecimento dos sintomas característicos (dor, formigueiro, sensação de pernas cansadas) e, mais tarde, o desenvolvimento de complicações: varizes [2], edema (pernas inchadas [3]), alterações da cor da pele ou mesmo úlcera venosa.
Por ser uma doença que se instala gradualmente, estar atento aos primeiros sintomas e valorizá-los é essencial para que se possam tomar medidas que previnam o desenvolvimento de complicações mais graves.
O farmacêutico pode ajudá-lo a reconhecer os sintomas de alerta, informá-lo sobre as alternativas terapêuticas disponíveis e, caso necessário, fazer encaminhamento para o nível de cuidados adequado.
No âmbito de uma campanha de sensibilização que decorre até maio nas farmácias, será possível realizar a avaliação da circulação venosa através de um método simples. A obtenção do resultado no momento, permitirá identificar potenciais situações de risco e promover o seu tratamento ou encaminhamento para consulta médica.
Ligações
[1] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/doenca-venosa-cronica
[2] https://www.atlasdasaude.pt/artigos/varizes
[3] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/pernas-inchadas-saiba-como-combater-retencao-de-liquidos
[4] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/doentes-desvalorizam-sintomas-da-doenca-venosa-cronica
[5] https://www.atlasdasaude.pt/artigos/o-que-sao-varizes
[6] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/acupunctura-para-tratar-varizes
[7] https://www.atlasdasaude.pt/foto/mariana-rosa
[8] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/artigos-de-opiniao
[9] https://www.atlasdasaude.pt/autores/mariana-rosa-coordenadora-de-projetos-e-servicos-farmacias-holon