As lesões músculo-esqueléticas [1] são o problema relacionado com o trabalho, mais comum na Europa. Perto de 24% dos trabalhadores da UE dizem sofrer de lombalgias [2] e 22% queixam-se de dores musculares.
Quando falamos de lesões músculo-esqueléticas, referimo-nos a afecções que podem afectar os músculos, as articulações, os tendões, os ligamentos, os nervos, os ossos e doenças localizadas do aparelho circulatório.
As lesões músculo-esqueléticas não só causam sofrimento e perdas de rendimento a nível pessoal, como também têm custos para as empresas e as economias nacionais, uma vez que qualquer trabalhador pode vir a sofrer de lesões músculo-esqueléticas. Contudo, estas lesões podem ser evitadas através de uma avaliação das tarefas que o trabalhador executa, na adopção de medidas preventivas e num controlo contínuo da eficácia dessas medidas.
A verdade é que a maioria das lesões músculo-esqueléticas são de origem profissional, cumulativas, resultantes da exposição repetida a esforços mais ou menos intensos ao longo de um período de tempo prolongado. Portanto, os sintomas surgem tardiamente. No entanto, podem também ter a forma de traumatismos agudos, tais como fracturas causadas por acidentes.
Estas lesões afectam principalmente a região dorso-lombar, a zona cervical, os ombros e os membros superiores, mas podem afectar também os membros inferiores. Algumas lesões músculo-esqueléticas, tais como a síndrome do canal cárpico [3], que afecta o pulso, são lesões específicas que se caracterizam por sinais e sintomas bem definidos. Outras manifestam-se unicamente por dor ou desconforto, sem que existam sinais de uma lesão clara e específica.
São vários os factores que podem contribuir para a manifestação de lesões músculo-esqueléticas: factores físicos e biomecânicos, factores organizacionais e psicossociais, factores individuais e pessoais. Estes factores podem exercer uma acção separadamente ou combinados.
Os objectivos da terapêutica são, essencialmente, aliviar a dor e reduzir a incapacidade. Para isso a abordagem deve ser multidisciplinar, isto é, ter em conta aspectos preventivos, a reabilitação através de fisioterapia [5] e administração de fármacos que permitam uma recuperação mais rápida do doente. As lesões de origem músculo-esquelética (músculos e articulações), principalmente traumáticas ou de início súbito, têm melhor prognóstico quando a intervenção ocorre na fase aguda, especialmente as lesões musculares (roturas) e ligamentares (entorses).
Ligações
[1] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/lesoes-musculo-esqueleticas-0
[2] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/mialgia-vs-lombalgia
[3] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/sindrome-do-tunel-carpico
[4] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/obesidade
[5] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/fisioterapia
[6] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/10-profissoes-que-provocam-mais-dores-nas-costas
[7] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/como-uma-ma-postura-pode-influenciar-nossa-saude
[8] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/os-sete-cuidados-que-deve-ter-com-coluna-do-seu-filho-no-regresso-aulas
[9] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[10] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-musculoesqueletico
[11] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/doencas-profissionais