Os efeitos da cocaína variam de acordo com a sua forma de apresentação, via de administração e doses ingeridas. A cocaína costuma apresentar-se sob a forma de um pó branco que os consumidores costumam inalar. No entanto, em alguns casos, é igualmente possível fumar cocaína ou pasta de cocaína, o que provoca um efeito mais forte, podendo também ser administrada por via intravenosa, após ter sido diluída, com efeitos mais rápidos e intensos.
Quando o uso é ocasional, pode incrementar o desejo sexual e demorar a ejaculação, mas também pode dificultar a erecção.
Com doses altas, os efeitos são:
À sensação de bem-estar inicial segue-se, em geral uma decaída, caracterizada por cansaço, apatia, irritabilidade e um comportamento impulsivo.
Complicações psiquiátricas:
Fazemos uma referência especial para a chamada "psicose da cocaína", com características similares à psicose esquizofrénica com predomínio das alucinações auditivas e das ideias delirantes de tipo persecutório.
A cocaína é uma substância com enorme potencial de dependência. É a que provoca maior percentagem de dependentes depois de ser consumida em poucas ocasiões.
Devido à curta duração dos seus efeitos psicoativos e ao rápido aparecimento de sintomas de abstinência, provoca um consumo compulsivo. Apesar de não gerar uma síndrome de abstinência com sinais físicos típicos, as alterações psicológicas são notáveis: hiper-sonolência, apatia, depressão, ideias suicidas, ansiedade, irritabilidade, intenso desejo de consumo. Este estado pode conduzir ao abuso de depressores como as benzodiazepinas [10], o álcool [11] e os opiáceos.
Um dos problemas mais graves consequentes do consumo de cocaína e de todas as drogas ilegais é o facto de a relação entre a concentração do produto e a composição da sua forma de apresentação, por vezes, não ser homogénea. De facto, o produto adquirido contém, em muitos casos, outras substâncias, como as anfetaminas [12], para que os seus efeitos sejam mais intensos, enquanto que noutras é mais fraca ou misturada com substâncias inactivas mais baratas, como o pó de talco. A principal consequência destas adulterações é o facto de o consumidor não saber ao certo a quantidade de produto que está a administrar, o que faz com que o excesso de doses e as intoxicações sejam mais frequentes, sobretudo quando a droga é administrada por via intravenosa.
Dado que a intoxicação aguda constitui um caso clínico muito grave, convém proceder-se à imediata hospitalização do paciente.
O tratamento da dependência compreende três fases. Na primeira, deve-se fazer a desintoxicação do toxicodependente, sendo necessário o internamento num centro especializado, de modo a controlar e tratar a síndrome de abstinência. Na segunda fase, onde a colaboração dos familiares e amigos é fundamental, deve-se reforçar a perda do hábito. Por fim, deve-se ajudar o paciente, de acordo com o caso, na sua reinserção social.
Ligações
[1] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/tensao-arterial
[2] http://www.atlasdasaude.pt/content/insonia
[3] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/ansiedade
[4] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/ataques-de-panico
[5] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/bulimia-nervosa
[6] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/anorexia-nervosa
[7] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/acidente-vascular-cerebral-1
[8] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/arritmia-cardiaca
[9] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/aborto
[10] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/benzodiazepinas
[11] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/alcool
[12] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/anfetaminas
[13] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/adicoes-nao-se-resolvem-apenas-com-forca-de-vontade
[14] https://www.atlasdasaude.pt/visita-dependencias
[15] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/ecstasy
[16] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/medipediapt
[17] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/instituto-da-droga-e-da-toxicodepencia
[18] https://www.atlasdasaude.pt/foto/pixabay
[19] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/tabaco-alcool-e-drogas