A maior parte das pneumonias desenvolve-se através da aspiração de bactérias que existem, habitualmente, na parte superior da nasofaringe e que se tornam agressivas em determinadas condições. Falamos de pneumonias bacterianas [1].
No entanto, elas podem também surgir em resultado da inalação de gotículas infetadas provenientes de outros doentes, como acontece nas chamadas pneumonias virais [2].
O agente mais frequente é o Streptococus Pneumoniae (pneumococo) e para o qual existe vacina que pode prevenir o desenvolvimento da doença. Deste modo, a vacina pneumococica polissacarídica polivalente, dirigida contra 23 serotipos (ou variedades) desta bactéria está recomendada na prevenção de pneumonias e infeções pneumocócitas sistémicas em indivíduos de alto risco, a partir dos dois anos de idade.
Outras bactérias como o Mycoblasma e a Legionella, ou determinados vírus podem igualmente causar um tipo de pneumonia frequentemente denominada de atípica, uma vez que nem sempre causa os sintomas clássicos de uma pneumonia, sendo até o seu tratamento diferente. Este tipo de pneumonia ocorre com maior frequência em pessoas com menos de 40 anos.
Os principais sintomas da pneumonia são a febre [3], tosse [4] com expectoração, falta de ar e fadiga.
No entanto, se se tratar de uma pneumonia atípica e viral o sintoma mais comum é a tosse seca sem expectoração.
Habitualmente, o diagnóstico é feito através da auscultação e de uma radiografia ao tórax. Pode ainda ser necessária a realização de uma gasometria, caso apresente sinais de dificuldade respiratória ou de uma saturação de oxigénio baixa, e a análise ao sangue ou expectoração para que se possa identificar o micro organismo que está a causar a infeção.
O tratamento da pneumonia requer o uso de antibióticos, e poderá ter a uma duração entre os sete e os 14 dias.
Além dos antibióticos, o tratamento para a pneumonia inclui ainda repouso, ingestão de líquidos e, se necessário, aporte de oxigénio através de uma máscara ou sonda de modo a aumentar o nível de oxigénio no sangue.
O internamento hospitalar pode tornar-se necessário no caso de o doente ser uma pessoa idosa, com febre alta ou se apresentar alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia - é o caso do comprometimento da função renal e da pressão arterial ou dificuldade respiratória grave.
A vacinação é a melhor forma de prevenção. Pode prevenir a pneumonia em crianças, idosos ou doentes crónicos.
De acordo o presidente da Associação Portuguesa de Pneumologia, Carlos Robalo Cordeiro “a imunização na idade adulta é uma das preocupações da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, que apela à vacinação antipneumocócica numa faixa etária em que a doença pneumocócica se manifesta, sobretudo, sob a forma de pneumonia, uma das principais causas de morte preveníveis através de vacinação. Em Portugal, só nos hospitais, mata uma média de 23 pessoas por dia. A maioria poderá ser evitada»
Para além da vacina pneumocócica polissacarídica polivalente, que já mencionamos, existe ainda outra vacina contra a pneumonia – a vacina pneumocócica conjugada que se encontra licenciada, em Portugal, para crianças com menos de dois anos de idade.
Também a vacina contra a gripe, que é administrada uma vez por ano, ajuda a prevenir a pneumonia, uma vez que, esta infeção decorre, muitas vezes, como complicação da gripe.
Ligações
[1] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/pneumonia-bacteriana
[2] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/pneumonia-viral
[3] https://www.atlasdasaude.pt/content/febre
[4] https://www.atlasdasaude.pt/content/tosse
[5] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/pneumonia-tratamento-e-eficaz-quanto-mais-precoce-o-diagnostico
[6] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/vacinacao-reduz-o-numero-de-casos-e-de-mortes-por-pneumonia
[7] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/os-diferentes-tipos-de-pneumonia
[8] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[9] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-respiratorio
[10] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/infeccoes-bacterianas
[11] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/infeccoes-virais
[12] https://www.atlasdasaude.pt/autores/sofia-esteves-dos-santos