Segunda Guerra Mundial
As metanfetaminas foram muito utilizadas no decorrer da segunda guerra mundial quando os militares Alemães as dispensavam sob o nome “Pervitin”. Estas drogas estavam amplamente distribuídas desde as forças de elite até as companhias dos tanques e pessoal da aviação. As metanfetaminas também eram distribuídas aos pilotos sob a forma de chocolate conhecido pelo nome “Fliegerschokolade” ("flyer's chocolate") ou Panzerschokolade ("tanker's chocolate") quando dado à companhia que trabalhava nos tanques.
Desde 1942 até a sua morte em 1945, Adolf Hitler recebia injecções intravenosas de metanfetamina por parte do fisiatra pessoal para o tratamento da depressão e fadiga. Supõe-se que a administração contínua de metanfetaminas a partir de 1940 conduziu a uma suposta doença de Parkinson [1] ou sintomas semelhantes aos observados nesta mesma doença.
Após a segunda guerra, uma grande quantidade de anfetaminas [2] foi pilhada pelos militares Japoneses tornando-se disponível no Japão onde era conhecido nas ruas como shabu. Em 1951, o ministério da saúde japonês baniu esta droga o que levou a um aumento da produção ilegal destas drogas [3].
Pós guerra
Nos anos 50 houve um aumento da prescrição legal de metanfetamina na população americana. De acordo com a edição de 1951 do livro Pharmacology and Therapeuticsm by Arthur Grollman as metanfetaminas começaram a ser prescritas para tratamento da “narcolepsia [4], Parkinsonismo pós-encefálico, alcoolismo [5], em certos estados depressivos e no tratamento da obesidade [6]”.
Nos anos 60 verifica-se um aumento no consumo de anfetaminas, as quais, apesar de serem produzidas de forma legal, eram obtidas por meios menos lícitos. Em 1965, ocorre nova epidemia [7] anfetamínica na Suécia concomitante com o fornecimento gratuito da droga pelo serviço nacional de saúde sendo, posteriormente, proibida.
Quando era uma droga legal, tornou-se bastante popular entre os camionistas e entre o pessoal que trabalhava no negócio dos aprovisionamentos devido às suas propriedades estimulantes. Estes grupos que usavam anfetaminas para fins “profissionais”, isto é, com o objectivo de os ajudar a cumprir as suas tarefas, quer elas fossem conduzir muitas horas seguidas ou permanecer a noite sem dormir, conseguiam manter um rigoroso controlo em relação ao seu consumo.
Nos anos 70 começaram a ser muito procuradas pelas classes trabalhadoras mais jovens, tendo-se perdido um pouco do referido controlo. É nesta altura que surgem os chamados "speed freeks", indivíduos que ficam vários dias acordados sob o efeito de anfetaminas, mas com aspecto debilitado devido à redução do apetite.
A Convenção de Viena em 1971 marcou o aumento do controlo das anfetaminas. Foi nesta altura que foram sendo retirados do mercado os produtos farmacêuticos que continham anfetaminas, chegando mesmo à sua supressão em alguns países. Consequentemente, nos anos 80 floresce o mercado negro de produção ilegal.
Em Portugal, alguns fármacos foram muito consumidos e objecto de abuso de natureza toxicómana, tendo estes sido retirados do mercado. Na segunda metade dos anos 80 e princípio dos anos 90, o Dinintel foi muito procurado, chegando alguns toxicodependentes a consumir mais de 50 cápsulas por dia. No nosso país não existem actualmente anfetaminas puras no mercado legal e são difíceis de encontrar no ilícito.
Nos últimos anos, o consumo de anfetaminas aumentou significativamente na Europa, principalmente associado à “dance culture”.
Ligações
[1] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/doenca-de-parkinson
[2] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/anfetaminas
[3] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/drogas
[4] http://www.atlasdasaude.pt/content/narcolepsia
[5] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/o-alcoolismo
[6] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/obesidade-0
[7] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/epidemia
[8] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/ffuppt
[9] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[10] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/tabaco-alcool-e-drogas