Os micronutrientes (vitaminas e minerais) têm um papel relevante em todos os indivíduos, sendo igualmente essenciais em atletas, não só pela sua atividade antioxidante, como também na resposta imunitária, na recuperação e prevenção de lesões, e na participação na produção de energia.
A vitamina C é um poderoso antioxidante que ajuda a combater os radicais livres e a reduzir o stress oxidativo. Em termos concretos atua contra a peroxidação lipídica, mantendo as membranas celulares funcionais. Para além disso, esta vitamina é também importante na manutenção da integridade dos eritrócitos ou glóbulos vermelhos, que fazem o transporte de oxigénio no sangue.
A vitamina C tem então efeitos benéficos na oxidação, mas nos atletas a sua ingestão e suplementação deve ser moderada. Isto porque nesta população a produção de radicais livres é maior em resultado do consumo de oxigénio e por isso o excesso de antioxidantes pode tornar-se pró oxidante.
Por outro lado, a vitamina C participa na formação e reparação do colagénio, uma proteína presente nas articulações e cartilagem. A ingestão de gelatina com esta vitamina está associada à produção de colagénio em exercício intermitente, reduzindo a dor articular e reforçando as cartilagens. Por isso esta vitamina tem um papel importante no crescimento e recuperação musculares, podendo ser benéfica na recuperação de uma lesão.
É verdade que os atletas têm necessidades de vitamina C mais elevadas: 95-520mg /dia para atletas do género masculino e 55-230mg/dia para atletas do género feminino. Todos sabemos que a laranja é um dos alimentos ricos em vitamina C, que pode ser consumido inteiro ou em sumo, fresco ou de pacote. Para além disso, esta vitamina existe ainda no kiwi, no tomate, pimentos e nas crucíferas. Uma ingestão destes alimentos regularmente ao longo do dia será suficiente para obter os efeitos benéficos da vitamina C e reduzir o stress oxidativo, contribuindo para a performance e a recuperação após o exercício, sem comprometer a saúde.
Referências: