Com a chegada do verão, não há quem resista a uns banhos de sol. No entanto, e embora cumprindo as principais recomendações – como a utilização de um protetor contra os raios ultravioletas e evitar a exposição entre as 11 e as 16 horas – há quem sofra de sensibilidade à radiação solar.
De acordo com os especialistas, a fotossensibilidade corresponde a uma reação de sensibilidade extrema da pele quando exposta à luz do Sol ou a fontes luminosas artificiais, induzidas por substâncias químicas, e cujos sintomas podem surgir em menos de 30 minutos ou alguns dias após a exposição solar. Prurido, vermelhidão, bolhas ou queimaduras estão entre os sintomas mais frequentes.
Quando sua à causa, embora vários fatores possam contribuir para a sensibilidade à radiação solar, a mais comum é a utilização de determinados fármacos, entre eles antibióticos, diuréticos ou antimicóticos.
Alguns químicos presentes em produtos de higiene, perfumes ou algumas substâncias encontradas em plantas podem também despoletar reações de fotossensibilidade num indivíduo saudável. Não obstante, sabe-se, porém, que certas doenças, como o lúpus eritematoso sistémico e alguns tipos de porfírias, também podem ser responsáveis por estas reações.
As reações de fotossensibilidade causadas pela utilização de fármacos podem ser de dois tipos: fototóxicas (fotoxicidade) ou fotoalérgicas (fotoalergia).
Sendo mais comum que a fotoalergia, a fototoxicidade pode ser provocada utilização de fármacos orais, injetáveis ou tópicos. A particularidade desta reação é que ela irá surgir em todas as pessoas medicadas que se exponham ao sol ou a lâmpadas artificiais (solários).
Esta reação resulta numa queimadura solar exagerada, podendo aparecer dentro de alguns minutos ou várias horas após a exposição à radiação solar ou artificial. Apesar de poderem vir a ser permanentes, apenas a partes do corpo foto-expostas sofrem alterações, como hiperpigmentação residual.
Quanto às reações fotoalérgicas, estas ocorrem quando uma substância química induzida pelos raios UV altera as moléculas da pele, transformando-as em novas substâncias que o próprio organismo tenderá a combater através da produção de anticorpos.
Regra geral, é necessária uma primeira exposição ao fármaco, sem que ocorra qualquer manifestação clínica, mas que causa a chamada sensibilização, por mecanismo imune de hipersensibilidade retardada. Este fenómeno irá apenas ocorrer nos indivíduos com predisposição.
A reação fotoalérgica do tipo eczema ou dermatite surge, deste modo, nos contactos seguintes, após a exposição solar, podendo esta não se limitar apenas às áreas expostas ao sol.
Os especialistas recomendam que, por tudo isto, antes de desfrutar do sol, confirme com o seu médico se algum dos fármacos que está a tomar poderá ser fotossensibilizante.
Ligações
[1] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/medicos-de-portugal
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[3] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-pele
[4] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/informacao-sazonal
[5] https://www.atlasdasaude.pt/autores/sofia-esteves-dos-santos