Definir “stress” não é uma tarefa fácil, pois existem inúmeras definições, de outros tantos autores.
Comecemos por referir que o stress sempre fez parte do cotidiano do ser humano, desde quando o homem tinha de se proteger dos animais selvagens, até os nossos dias, em que tem que confrontar-se com problemas de naturezas, aparentemente, bem diferentes. Com efeito, o homem contemporâneo vivencia situações que representam fontes de stress, nomeadamente:
Ou seja, o stress faz parte das relações do homem com o seu mundo exterior.
Assim, o stress mais não é que, “o desequilíbrio, real ou tomado pelo próprio indivíduo, entre as imposições das circunstâncias nas quais esse indivíduo se encontra e a sua capacidade de reagir e de adaptação a essas mesmas exigências”.
Por outras palavras, numa situação de stress, existe uma ameaça real ou aparente, em relação ao estado de equilíbrio do indivíduo. Nesta sequência, desencadeia-se um conjunto de mecanismos fisiológicos, psicológicos e comportamentais, os quais constituem o esforço de adaptação às exigências externas, de forma a fazer face àquela ameaça. Tal como no passado longínquo da humanidade, quando nos sentimos em perigo, as defesas do organismo reagem rapidamente, num processo automático, conhecido como a reação de "luta ou fuga” ou de “congelamento", libertando uma mistura complexa de substâncias químicas de modo a preparar o corpo para a ação a tomar.
Porém, a manutenção de um estado de stress por vários e longos períodos pode ser prejudicial à saúde.
Devemos saber, pois, reconhecer os sintomas do stress e, consequentemente, tomar medidas para minimizar os seus efeitos.
Assim, o stress pode manifestar-se sob a forma de vários sintomas:
Contudo, uma das razões pelas quais as avaliações do stress não possuem uma elevada conexão com a doença, é que nem todo o stress prejudica a saúde. Na verdade, é provável que alguns tipos e quantidades de fatores de stress sejam neutros e, até mesmo, benéficos para as pessoas.
Há autores que defendem que os estados de stress breves e controlados poderão ser vivenciados como agradáveis e poderão ser um estímulo positivo ao desenvolvimento e ao crescimento intelectual e emocional (eustress - do grego eu, sign. bom). O “stress bom” é aquele que sentimos quando estamos empolgados, em que os batimentos cardíacos aceleram, mas não há medo nem ameaça. Com efeito, todos precisamos de um pouco de stress para ter energia e enfrentar novos desafios.
Por sua vez, os mesmos autores defendem que as situações mais severas, muito prolongadas e incontroláveis de stress (distress psicológico e físico) levam a verdadeiros estados de doença, pois promovem o medo e a ansiedade, paralisam as emoções e dão a sensação de que a dificuldade é tão grande que jamais a podemos superar. É aqui que a gestão de stress assume primordial importância.
Assim, por tudo o que já dissemos, identificar e combater o stress passou a ser, nos tempos de hoje, de primordial importância, pois o stress excessivo apoderou-se do nosso dia-a-dia. Desta maneira, a gestão do stress deve ser encarada como uma forma de melhorarmos a nossa qualidade de vida.
Cada pessoa possui instrumentos próprios para lidar com a situação e, nessa medida, não há uma terapia padrão que sirva a todos. Nenhum método funciona de forma generalizada, nem tampouco há situações iguais. Há que experimentar diferentes técnicas ou estratégias.
Aqui chegados, comecemos por mencionar que, para combater o stress desenvolvendo uma atitude antisstress, isto é, de forma a reduzir os seus efeitos no organismo, deveremos partir sempre deste princípio tripartido:
Neste contexto, identificámos as principais estratégias para combater o stress. De outra parte, ter uma atitude antisstress e melhorar a qualidade de vida está, muitas vezes, em pequenos gestos cotidianos ao alcance de todos nós.
Vejamos: