Entre as principais causas dos traumatismos cranianos estão as quedas, sobretudo em idosos e crianças pequenas, acidentes com veículos motorizados, agressões físicas e acidentes durante a prática desportiva ou atividades recreativas.
Habitualmente, as lesões são provocadas por um impacto direto, no entanto, o cérebro pode ser danificado mesmo que a cabeça não tenha sido atingida. É o caso de sacudidelas violentas ou desaceleração súbita que podem danificar o cérebro mole quando este colide com o crânio rígido. Quando isto acontece pode não existir qualquer tipo de lesão visível na cabeça.
Um traumatismo craniano pode ser considerado ligeiro ou grave. Os sintomas mais frequentes de traumatismos cranianos menores podem incluir dor de cabeça e uma sensação de rotação ou de desmaio iminente. Algumas pessoas também apresentam confusão leve, náusea e, com mais frequência nas crianças, vómitos. As crianças pequenas podem simplesmente se tornar irritáveis.
Se existir algum corte no couro cabeludo, podem ocorrer r hemorragias consideráveis. Mas não se assusta, como esta é uma zona com muitos vasos sanguíneos, é fácil sangrar, fazendo com que a lesão pareça mais séria do que é. Em todo o caso, deve ser sempre avaliada por um profissional de saúde.
Quando ocorre um traumatismo grave, pode ocorrer alguns sintomas comuns, como a dor de cabeça.
No entanto, nestes casos, o estado de perda de consciência é sempre mais grave e implica, muitas vezes, lesões irreversíveis no cérebro.
De acordo com a informação veiculada pelo Manual MSD, “os sintomas começam frequentemente com um período de perda da consciência que ocorre no momento do impacto. O tempo durante o qual as pessoas permanecem inconscientes varia. Algumas pessoas acordam em segundos, enquanto outras permanecem inconscientes durante horas ou até mesmo dias. Ao acordarem, as pessoas frequentemente se apresentam sonolentas, confusas, inquietas ou agitadas. Elas poderão também vomitar, sofrer convulsões ou ambos. O equilíbrio e a coordenação podem ser prejudicados. Dependendo da zona do cérebro danificada, a capacidade para pensar, controlar as emoções, mexer-se, sentir, falar, ver, ouvir e recordar pode estar danificada, por vezes de forma permanente.”
Em alguns casos pode ocorrer edema cerebral, que consiste em inchaço e acumulação de líquidos no crânio, o que pode levar a um aumento de pressão, designada de pressão intracraniana.
“Por fim (…), o aumento da pressão poderá empurrar o cérebro para baixo, causando uma herniação do mesmo, isto é, uma protuberância anormal do tecido cerebral através de uma abertura natural localizada entre os compartimentos do cérebro. A herniação do cérebro pode provocar o coma ou ser mortal, caso seja exercida demasiada pressão sobre o tronco cerebral, a parte inferior do cérebro que controla funções vitais como o ritmo cardíaco e a respiração.”
Uma vez que pode tratar-se de um problema sério, o Instituto Nacional de Emergência Médica, recomenda a que nunca abandone uma vítima que tenha sofrido uma lesão na cabeça, e a estar atento aos sinais:
Ligações
[1] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/manuais-msd-e-inem
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[3] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-nervoso
[4] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/artigos-complementares
[5] https://www.atlasdasaude.pt/autores/sofia-esteves-dos-santos