Relativamente aos pés da grávida, o crescimento do útero (anteriorizado dentro da cavidade abdominal) e o aumento do peso levam à desestabilização do centro gravitacional do corpo para cima e para a frentes, podendo acentuar a lordose lombar, que se traduz numa pressão mais elevada sobre os membros inferiores, nomeadamente joelhos e pés, para além de também favorecer o aparecimento de um pé plano (com o abatimento do arco) e alterações significativas no caminhar.
A acrescentar, durante o período gestacional é frequente algumas mulheres sofrerem de edema (inchaço causado por retenção de líquidos) nos tornozelos, podendo causar dor nesta zona do pé.
Apesar de algumas destas alterações serem inevitáveis, é possível ter alguns cuidados preventivos, nomeadamente:
E quanto ao bebé? Que cuidados devemos ter?
Para além do cuidado com a saúde e bem-estar dos pés da mãe, é importante estar atento desde cedo aos membros inferiores dos nossos filhos.
Os pés do bebé começam a desenvolver-se aos oito meses de gestação, e os primeiros três anos de vida são os mais importantes para estabelecer a forma básica dos pés. Relativamente a alterações nos pés, estas podem ser herdadas, desenvolver-se no berço devido à posição que o bebé dorme, e podem surgir durante a gravidez devido à posição fetal em que se encontram as pernas.
Mesmo que não identifique nenhum sinal indicativo de alguma anomalia na formação dos pés do seu filho, é fundamental, durante a segunda infância (idade pré-escolar) e a terceira infância (idade escolar), a realização de diagnóstico e tratamento adequado ao crescimento e maturação física da criança, visando prevenir a evolução de problemas estruturais e biomecânicos, assim como as sequelas na idade adulta.
No entanto, importa referir que a maioria dos “aparentes” defeitos dos pés durante o primeiro ano é naturais e deve normalizar com o passar do tempo.