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Início > Cancro da mama: novo paradigma

Dia Nacional do Cancro da Mama assinala-se a 30 de outubro
O cancro da mama é a neoplasia mais frequente no sexo feminino.

Infelizmente, mesmo quando diagnosticado em estádio inicial, estima-se que até 30 por cento das mulheres com cancro da mama irão evoluir, alguns meses ou mesmo vários anos depois, para a doença metastática, que ocorre quando o tumor, a partir do tecido de origem, é capaz de colonizar outros órgãos como por exemplo o osso, o fígado, o pulmão ou o cérebro. Como existem muitas células tumorais na doente e provavelmente com caraterísticas muito diferentes umas das outras, torna-se muito difícil encontrar um tratamento que elimine todas as células. Por isso, o cancro da mama metastático não tem cura.

No entanto, cada doente com cancro da mama metastático/avançado é única e, consequentemente, a história natural da doença pode variar de meses a (cada vez mais) anos de vida.

Os principais fatores de risco associados ao cancro metastático são o tamanho do tumor à data do diagnóstico, a existência ou não de invasão nos gânglios linfáticos mais próximos, o grau de diferenciação do tumor, a existência de um elevado índice proliferativo nas células do cancro da mama e a ausência de recetores hormonais.

Apesar da doença não ter cura, tem existido uma grande evolução no sentido de aumentar a eficácia dos tratamentos, estendendo a sobrevivência a ponto de tornar a doença crónica, o que requer da parte dos clínicos a maior atenção aos efeitos secundários de cada tratamento, no intuito de aliar a qualidade de vida e o alívio dos sintomas ao tempo de vida.

A classificação molecular dos tumores é feita de acordo com a expressão de recetores hormonais e de HER2 em quatro grupos principais, o que lhes confere valor prognóstico e preditivo de resposta aos tratamentos de quimioterapia, hormonoterapia e terapia dirigida a alvos concretos como o Her2, as ciclinas e o mTOR.

Um dos grandes desafios futuros será encontrar cada vez mais alvos terapêuticos e bloquear os mecanismos de resistência às terapêuticas, permitindo uma esperança de vida cada vez maior. O novo paradigma será portanto minimizar a toxicidade infligida pelos tratamentos, de modo a garantir a máxima qualidade de vida das mulheres e a sua integração plena nas famílias e na sociedade.

 

Fonte: 
Miligrama [1]
Foto: 
Direitos Reservados [2]
Artigos de Opinião [3]
Tumores [4]
Saúde da Mulher [5]
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Autores: 
Rui Dinis - Diretor do Serviço de Oncologia do Hospital do Espírito Santo de Évora [6]
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Ligações
[1] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/miligrama [2] https://www.atlasdasaude.pt/foto/direitos-reservados [3] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/artigos-de-opiniao [4] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/tumores [5] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/saude-da-mulher [6] https://www.atlasdasaude.pt/autores/rui-dinis-diretor-do-servico-de-oncologia-do-hospital-do-espirito-santo-de-evora