Em todo o mundo, existem hoje cerca de 360 milhões de pessoas com perda moderada a profunda de audição.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, as causas são variadas, como condições genéticas, complicações de nascimento, algumas doenças infecciosas, barulho, uso de drogas e a velhice.
Instituído por esta entidade, o Dia Mundial da Audição tem como objetivo alertar e despertar consciências quanto à necessidade de prevenir e controlar a perda de audição, sobretudo nas crianças.
Estima-se que a grande maioria das crianças com problemas de audição vive em países subdesenvolvidos, de baixo e médio rendimento. 1,9% vive na região africana onde os acessos aos cuidados básicos de saúde e vacinação são limitados.
A OMS estima que 75% da perda auditiva em crianças com menos de 15 anos, nestes países, seja evitável, uma vez que quase metade dos casos de surdez são consequência direta de doenças como o sarampo, a rubéola, e meningite e infeções nos ouvidos.
As complicações no parto, incluindo a prematuridade, o baixo peso, a asfixia perinatal e icterícia neonatal são apontadas como causa de 17% dos casos de perda auditiva.
A prevenção é, neste aspeto, apontada como crucial, pelo que a Organização Mundial de Saúde apela ao reforço da vacinação, à melhoria da divulgação da práticas de boa higiéne e à prestação de serviços de saúde materno-infantil mais rubostos.
A deteção precoce, através de programas de rastreio auditivo, bem como a prestação de serviços de reabilitação são essenciais para a redução do impacto da deficiência auditiva, facilitando a educação e o desenvolvimento social.
Na realidade, sabe-se que, num contexto mais geral, a perda auditiva não tratada pode afetar o desenvolvimento social e económico da comunidade.
Por outro lado, a exposição a som muito alto ou o uso incorreto de dispositivos de audio são apontados como fatores de risco em crescimento nos países desenvolvidos.
Atualmente, cerca de 1 bilhão de adolescentes e jovens correm o risco de perda de audição devido à exposição a um volume prejudicial para a saúde.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o nível seguro de som para a audição humana não pode ascender os 60 décibeis. No entanto, a verdade é que esse valor é facilmente ultrapassado, trazendo prejuízo à saúde auditiva.
Som de buzinas, o trânsito nas grandes cidades, os aparelhos eletrónicos são uma “ameaça” constante.
Para evitar problemas futuros de audição, a OMS propõe uma série de medidas. Algumas tão simples como manter o volume dos aparelhos baixo ou usar auriculares apropriados.