Pagamentos em atraso atingem 1.029 ME até junho
“No final de junho, os pagamentos em atraso das entidades públicas ascenderam a 1.029 milhões de euros, representando uma diminuição de 43 milhões de euros relativamente ao período homólogo e um aumento de 58 milhões de euros face ao final do mês anterior”, lê-se na síntese de execução orçamental publicada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).
De acordo com o documento, a redução foi motivada pelo decréscimo no Serviço Nacional de Saúde (SNS), com uma redução de 33 milhões de euros nos hospitais públicos empresariais.
Desta forma, o crescimento de 1,3% da despesa, que se traduz em 528,8 milhões de euros face ao período homólogo deve-se, essencialmente, à evolução da “despesa em aquisição de bens e serviços (contributo de um ponto percentual)”.
Esta é influenciada pelo pagamento de dívidas vencidas por parte de entidades do SNS, destacando-se “a aceleração do crescimento na ótica financeira para 4,4% e das transferências correntes (contributo de 0,5 pontos percentuais), em particular, da Prestação Social para a inclusão (+121,1 milhões de euros), da contribuição financeira para a União Europeia (+50 milhões de euros) e das indeminizações às vítimas dos incêndios de 2017 (33,6 milhões de euros).
“Em sentido contrário, a redução das despesas com pessoal e pensões que beneficia do efeito associado ao fim do pagamento do subsídio de natal em duodécimos. Ainda relativamente às despesas com pessoal, os efeitos do descongelamento das carreiras começa agora a refletir-se no total da despesa”, apontou a DGO.