Estas marcas tão indesejadas na pele

As estrias

Atualizado: 
28/07/2014 - 11:43
A nossa pele dispõe de uma camada intermediária formada por colagénio e elastina responsáveis pela sua elasticidade. É o rompimento destas fibras elásticas que provoca estas tão indesejadas marcas na pele.
Estrias

Apesar de as mulheres serem normalmente mais afectadas, o facto é que as estrias não escolhem sexo nem idade. Mulheres, homens, adolescentes e crianças todos podem ser afectados. As zonas mais afectadas são normalmente os seios, coxas, cintura, nádegas e barriga. Podem afectar também os braços e pernas.

A sua distribuição nestas zonas já está bem caracterizada. Na barriga surgem em redor do umbigo, nas coxas e nádegas de forma oblíqua, nos seios orientadas em direcção à auréola, no tronco e nas raízes dos braços e pernas são transversais. As estrias são habitualmente simétricas e, na maioria dos casos, perpendiculares ao sentido de maior tensão aquando da distensão. A estria é de facto uma distensão da pele. Esta pode acontecer em virtude de diversos factores. Puberdade, a gravidez, o aumento de peso e algumas doenças, crescimento ou súbita redução de peso são os mais normais. Sob o efeito das hormonas, os fibroblastos (células fundamentais da pele que fabricam elastina e colagénio) sofrem o desequilíbrio que provoca uma diminuição das fibras colagénicas e elásticas que dão consistência, suporte e flexibilidade à pele. Desta forma e à medida que a pele se vai tentando adaptar à nova forma, as estrias vão surgindo. A pele ao ser demasiado esticada rompe-se, as bordas cicatrizam e pronto, está criada a estria.

Com o tempo as marcas tendem a aclarar, passando de vermelho a branco, mas não desaparecem na totalidade. Há uma fase inicial inflamatória, em que as estrias são ligeiramente planas ou elevadas, com uma cor púrpura, começando rapidamente a alargar e a alongar, passando para uma cor violácea. Na fase seguinte, chamada cicatricial, as estrias vão evoluir para o seu aspecto definitivo: uma atrofia provoca uma depressão cutânea, a epiderme mais fina nessa zona adquire um aspecto branco nacarado mas também pode, muito raramente, pigmentar-se e ficar do tom da pele. Se não forem tratadas, as estrias vão persistir indefinidamente. Podem quanto muito diminuir ligeiramente de tamanho e a sua cor atenuar-se ligeiramente.

Existem vários tipos de tratamentos para este problema:

Laser: É um tratamento bastante actual para a redução das estrias. Os tipos de lasers utilizados para o tratamento de estrias têm afinidade pela água da pele e, ao atingir a pele, promovem a sua vaporização localizada. Isso estimula uma nova organização desse tecido, com formação de novas fibras de colagenio e elastina. Um tipo muito utilizado é o Laser Fraccionado de CO2, por promover uma grande melhoria, com poucos efeitos colaterais.

Dermoabrasão: É realizado um tipo de lixamento da pele que, ao escoriar a pele, elimina uma boa parte da camada superficial. Isso também estimula um processo cicatricial na pele, ajudando na produção de colagénio e elastina.

Ácidos: O tratamento é realizado através da aplicação de creme ou gel à base de ácido retinóico ou alfa-hidroxi-ácidos (AHA) que acelera a renovação celular e actua na formação de colagénio novo. Os resultados começam a ser percebidos após um ano e deve ser interrompido se a pessoa for para o sol.

Lipoaspiração: Para alguns casos a aspiração da gordura superficial na região onde não há estrias estimula a produção de colagénio da pele, melhorando a sua elasticidade.

Peeling: Este tratamento é realizado através do lixamento da pele feito com um aparelho que promove um tipo de peeling profundo, ou dermoabrasão, devido à acção abrasiva de um jacto de micro-cristais de óxido de alumínio. O peeling elimina de forma suave e uniforme as camadas superficiais da epiderme. O que leva a regeneração celular, resultando no surgimento de uma nova pele.

Há alguns cuidados que podemos ter para evitar o aparecimento de estrias. Devemos cuidar da nossa pele, hidratando-a e nutrindo-a ao máximo para que esta mantenha a sua elasticidade. Evitar o aumento e diminuição de peso de uma forma repentina, não vestir roupas muito apertadas, praticar exercício físico. A utilização de cremes que contenham na sua composição elementos que permitam a reorganização do colagénio e elastina presentes na nossa pele são também muito eficazes.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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