Xerostomia ou boca seca caracteriza-se por redução ou falta de saliva, que pode ser induzida por obstrução mecânica à secreção de saliva, por medicamentos (tabela 1) ou por patologias como o Síndroma de Sjögran. A boca seca, para além de ser desagradável, reduz o prazer da alimentação, afeta a saúde dentária predispondo para a cárie e gengivite, dificulta a deglutição e a fala. Doentes com xerostomia estão mais predispostos para infeções fúngicas, pelo que devem ser vigiados e tratados de imediato.
Sintomas que podem estar presentes:
Tabela 1 – Medicamentos indutores de xerostomia
AINE – anti-inflamatórios não esteroides
Tratamento da xerostomia
Podem ser aplicadas medidas gerais de conforto e alguns medicamentos podem ser úteis.
Medidas Gerais
A boca seca predispõe para a cárie dentária podendo recomendar-se o uso de pastas dentífricas com flúor para reduzir esta predisposição.
Evitar a ingestão de alimentos secos, condimentados, muito ácidos, bebidas alcoólicas e gaseificadas.
Mastigar pastilhas elásticas ou rebuçados duros sem açúcar pode também fornecer algum alívio, assim como a humidificação do ar.
Nos indivíduos sem dentes e com próteses, estas são mais difíceis de manter fixas pelo que se recomenda o uso de fixadores de próteses, saliva artificial e bochechos ou, pastilhas com limão e glicerina. Note-se que as pastilhas de limão ou alimentos ácidos são desaconselhadas a doentes com dentes por baixarem o pH e predisporem para cárie.
Pode ainda recomendar-se os seguintes cuidados:
Situações de Referência ao Médico
Quando a boca seca é persistente e:
Prof. Doutora Maria Augusta Soares