A espondilose, ou espondilartrose, caracteriza-se por haver uma degenerescência do disco intervertebral. Ou seja, dito de uma forma mais simples é, um problema causado pelo desgaste dos discos da coluna vertebral que leva a uma diminuição do espaço entre as vértebras. Este aperto comprime os nervos, através do crescimento do osso da vértebra – o osteófito - que fica ligeiramente saliente e que é vulgarmente conhecido por bico de papagaio. A doença pode também chamar-se de espondilose cervical se afectar apenas a cervical, ou espondilose lombar, se as alterações ocorrerem na zona lombar.
A dor [1] é o principal sintoma referido pelos doentes, muitas vezes caracterizada como “uma moinha” com ocorrência de guinadas de curta duração – lumbagos. Quando a dor erradia para a perna estamos perante a dor ciática [2], geralmente acompanhada de formigueiro, mais intensa e persistente.
É uma doença reumática que afecta ambos os sexos e, habitualmente, surge após os 40 anos de idade, sendo que é um problema característico de profissões duras. Isto é, há determinados grupos profissionais, como os agricultores, os estivadores, os pescadores e as empregadas domésticas que, implicitamente, estão sujeitos a maior desgaste articular, logo, mais propensos a esta doença, que, todavia, pode afectar toda a gente.
Ao nível da coluna lombar, as dores assemelham-se a "moínhas" na grande maioria dos casos. Podem, porém, surgir episódios agudos muito dolorosos, lancinantes, em guinada e de curta duração, denominados lumbagos.
Outras vezes, as dores lombares com as mesmas características do lumbago, irradiam ao longo da face posterior ou postero-externa do membro inferior, no trajecto do nervo ciático, denominando-se ciáticas. A ciática acompanha-se frequentemente de formigueiros e adormecimento dos membros inferiores e exacerba-se com os esforços de tossir, espirrar, rir e evacuar (manobras de Valsava).
O melhor tratamento da espondilose é o repouso, de preferência, numa superfície dura. Algumas horas a alguns dias são quase sempre suficientes para que o lumbago e a ciática melhorem significativamente.
Contudo, a maioria dos casos necessita de tratamento medicamentoso, podendo ser necessário prescrever analgésicos, anti-inflamatórios não esteróides e relaxantes musculares.
Alguns indivíduos com ciática pioram nos primeiros dias do período de repouso, o que não significa ineficácia do tratamento, pelo que devem prosseguir com o mesmo plano terapêutico.
Ligações
[1] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/dor-em-reumatologia
[2] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/dor-ciatica
[3] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/o-alivio-da-dor-e-um-direito-dos-doentes
[4] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/doencas-reumaticas-sao-mais-comuns-do-que-se-julgava-afirma-especialista
[5] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/doencas-reumaticas-sao-o-principal-motivo-de-consulta-nos-cuidados-de-saude
[6] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/liga-portuguesa-contra-doencas-reumaticas
[7] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[8] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-musculoesqueletico