Sempre que for viajar deve adoptar medidas preventivas e ter em atenção alguns cuidados para evitar que adoeça. O risco de adoecer durante uma viagem depende de factores como a susceptibilidade do indivíduo - influenciada por antecedentes vacinais e de doenças, doenças concomitantes e utilização de medicamentos - e as características da viagem programada - roteiro, época do ano, duração, tipo de actividade, condições de alojamento, disponibilidade de assistência médica.
A melhor forma de conhecer os riscos, bem como as medidas profilácticas obrigatórias do local para onde viaja é procurar uma das muitas consultas do viajante e/ou centros de vacinação [1] internacional existentes em todo o país. Deve procurar orientação médica especializada com antecedência de pelo menos 30 dias. Após o regresso dos viajantes, estes centros prestam ainda assistência médica e fazem o diagnóstico de problemas possivelmente contraídos durante a viagem.
Assim, as consultas de saúde do viajante são efectuadas por médicos especialistas em doenças infecciosas e em medicina tropical (componente viagens) e, durante a consulta [2] são avaliados os riscos associados à viagem [3], de acordo com as características individuais de cada viajante, o meio de transporte, a actividade programada e o roteiro detalhado da viagem.
Servem igualmente para administrar as vacinas necessárias (obrigatória) e outros medicamentos profilácticos (por exemplo, para a malária [4]) e também para a importância de possuir alguma informação acerca da higiene individual, cuidados a ter com a água e os alimentos que se ingerem em determinados países, a utilização de repelentes, protector solar [5], uso de preservativos [6], etc.
A vacinação
No que diz respeito à vacinação dos viajantes, o Regulamento Sanitário Internacional em vigor estipula que a única vacina que poderá ser exigida aos viajantes na travessia das fronteiras é a vacina contra a febre-amarela [7].
Os países que exigem a vacinação contra a febre-amarela são 18 e situam-se no continente africano: Benim, Burkina Faso, Camarões, Congo, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Guiana Francesa, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Ruanda, República Centro Africana, República Democrática do Congo, República de Angola, São Tomé e Príncipe e Togo. A vacina contra a febre-amarela tem o prazo de dez anos e não é recomendada para crianças com idade inferior a 9 meses.
No entanto, alguns países não autorizam a entrada no seu território sem o comprovativo de vacinação contra outras doenças, como é o caso das vacinas contra a Meningite Meningocócica e da febre tifóide [8], impostas pela Arábia Saudita e exigidas a todos os que passem a fronteira entre o Sudão e o Egipto. Também a vacina contra a cólera é exigida em determinados países.
Quanto a outro tipo de vacinação, está depende do país para o qual se viajar, sendo que as vacinas mais indicadas são as que protegem contra a cólera [9], difteria [10], encefalite japonesa [11], hepatite A [12], hepatite B [13], gripe [14], poliomielite [15], raiva [16], tétano [17], e febre tifóide.
Outros cuidados
É aconselhável planear detalhadamente o seu roteiro de viagem tendo em consideração outros cuidados:
- Exposição excessiva à luz solar;
- Diferenças de fuso horário, de clima e de altitude;
- Se é portador de doenças crónicas a necessitar de medicação permanente, assegure-se que leva consigo a quantidade suficiente para o tempo que vai ficar fora;
- Pessoas a necessitar de auxílio para locomoção, dietas especiais e/ou oxigénio devem informar a agência de viagem e/ou entrar em contacto com a companhia aérea com antecedência;
- Indivíduos com factores de risco para trombose venosa profunda devem procurar aconselhamento médico, especialmente quando as viagens são de longo curso;
- Verifique quais as coberturas do seguro em relação a questões de saúde;
- Os portadores de doenças de transmissão respiratória não devem viajar até que seja confirmado que deixaram de ser fonte de infecção para outras pessoa;
Ligações
[1] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/consulta-do-viajante
[2] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/10-passos-para-o-ajudar-sair-da-consulta-sem-duvidas
[3] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/riscos-associados-viagem
[4] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/malaria
[5] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/proteccao-solar-adequada
[6] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/preservativo-masculino-0
[7] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/febre-amarela
[8] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/febre-tifoide
[9] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/colera
[10] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/difteria
[11] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/encefalite-japonesa
[12] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/hepatite
[13] http://www.atlasdasaude.pt/content/hepatite-b
[14] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/gripe
[15] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/poliomielite
[16] http://www.atlasdasaude.pt/content/raiva
[17] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/tetano
[18] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/dgs
[19] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[20] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/doencas-do-viajante
[21] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/informacao-sazonal
[22] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/artigos-complementares
[23] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/direcao-geral-da-saude