Caracterizado pela produção excessiva da hormona do crescimento (GH), este quadro clínico, que resulta na deformação dos ossos nos adultos, pode surgir ainda na infância designando-se por Gigantismo. Nestes casos, ao contrário do que acontece nas faixas etárias mais elevadas, as crianças desenvolvem uma grande estatura.
A Acromegalia surge, habitualmente, entre os 30 e os 50 anos de idade numa altura em que as placas de crescimento já estão fechadas. Assim, ao contrário do gigantismo, que se caracteriza pelo crescimento anormal dos ossos, a Acromegalia conduz lentamente à sua deformação. Por outro lado, e uma vez que o excesso da hormona do crescimento afeta todos os órgãos e tecidos, estes adquirem um tamanho superior ao normal e tornam-se mais espessos dando origem a várias complicações.
Esta é uma condição rara que atinge, todos os anos, três pessoas em cada 1 milhão.
Em cerca de 90% dos casos, a produção excessiva da hormona do crescimento resulta de um tumor (benigno) da hipófise, conhecido por adenoma.
Mais raramente, outros tumores raros do pâncreas e dos pulmões podem conduzir à produção de hormonas que estimulam a hipófise a produzir quantidades excessivas da hormona do crescimento.
Entre 10 a 25% dos casos são afetados pela diabetes. Cerca de 25% dos doentes regista hipertensão arterial e em 80% verifica-se a alteração da glicemia. Pode ainda registar-se o aumento do peito, desinteresse sexual e impotência sexual nos homens.
Estes doentes têm ainda maior probabilidade em desenvolver um tumor (na maior parte dos casos benigno) pólipos no cólon, bócio e aumento da próstata.
A Acromegalia é, na grande maioria dos casos, diagnosticada alguns anos após surgirem os primeiros sintomas.
O diagnóstico é confirmado por meio de uma análise ao sangue que confirma os níveis elevados da hormona do crescimento e do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1).
Pode ser necessário ainda pedir uma tomografia axial computadorizada (TAC) para detetar o crescimento anormal da hipófise.
O tratamento da Acromegalia pode ser feito com a combinação de cirurgia, radioterapia ou com recurso a terapia medicamentosa.