Esta doença, por vezes, não é fácil de diagnosticar, uma vez que se manifesta através de sintomas diferentes, facilmente confundidos com outras doenças neurológicas. Desta forma, apesar de se saber a importância do diagnóstico e do tratamento atempado, o diagnóstico inicial pode ser demorado.
Estima-se que em Portugal existam mais de 8 mil doentes com EM. É uma doença que surge habitualmente no adulto jovem, entre os 20 e os 40 anos de idade, e afeta maioritariamente as mulheres.
Os sintomas podem ser muito variados e manifestarem-se com maior ou menor frequência de pessoa para pessoa:
Atualmente, sabemos que quanto mais cedo se realizar o diagnóstico e se avançar para o tratamento, menor será a progressão da doença. Tem sido feito um esforço para o desenvolvimento de diversos tratamentos com impacto na doença.
Desta forma, nas últimas duas décadas tem-se assistido ao desenvolvimento de diversos tratamentos com impacto na evolução da doença. Em 1993, foi aprovado o primeiro tratamento para a EM. Apesar de não haver cura, os tratamentos têm como objetivo, reduzir o número de surtos (episódios de alterações neurológicos) ao diminuírem a atividade inflamatória cerebral que ocorre na doença.
Em suma, a EM é uma doença inflamatória do SNC que pode ser incapacitante. Neste sentido, para evitar a progressão da doença e consequências mais graves, é primordial que exista um diagnóstico e um tratamento precoce, bem como um acompanhamento regular para a avaliação da necessidade de ajuste de medicação ao longo do tempo.