Os sobreviventes de AVC demonstram uma forte preocupação com a interrupção prolongada das terapias (fisioterapia, terapia ocupacional, terapia da fala, entre outras) para a generalidade deles, que em muitos dos casos terá consequências não reversíveis, o que quer dizer condenar a uma maior degradação da funcionalidade e da qualidade de vida.
Por outro lado, a grande dificuldade em manter uma atividade física regular, e o ainda maior isolamento a que estão expostos os sobreviventes de AVC, podem criar ou agravar complicações, antes de mais do foro psicológico.
“Sabemos que os aspetos focados podem ser, para os sobreviventes de AVC, o equivalente a falta de medicamentos noutras patologias. Desta forma, a sua privação é particularmente significativa”, explica António Conceição, presidente da associação. “É urgente que estratégias alternativas sejam ponderadas para o sobrevivente de AVC. Apelamos às autoridades de saúde para que as limitações sejam apenas as essenciais no atual quadro”, acrescenta.
A Portugal AVC chama também a atenção para a importância da Via Verde, quando ocorre o AVC. “É essencial que se mantenha plenamente funcionante, pelo seu enorme impacto na recuperação da funcionalidade e na diminuição da mortalidade. E que a população saiba que, mesmo no período de exceção que vivemos, deve de imediato ligar para o 112, quando acontece”, diz ainda o presidente da associação.
O Acidente Vascular Cerebral [1], com cerca de 25 mil episódios de internamento por ano, é a maior causa de incapacidade no nosso país, atingindo todas as idades e géneros. Entre as múltiplas sequelas possíveis estão as físicas e motoras (mais visíveis), mas também as consequências na capacidade de comunicação, no campo cognitivo, psicológico, de visão, entre outros.
A Portugal AVC tem divulgado na sua página do Facebook (@PT.AVC [2]) e no site (www.portugalavc.pt [3]) várias formas de os sobreviventes de AVC aproveitarem todas as oportunidades para fazerem exercício, e adotarem hábitos de uma vida o mais possível ativa, sem sair de casa.
Assinalando o Dia Nacional do Doente com AVC, a associação pretende também demonstrar que há vida após o AVC. Sendo essencial que, cada vez mais, se olhe para o sobrevivente, e se favoreça uma maior e melhor integração familiar, social e profissional.
Ligações
[1] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/acidente-vascular-cerebral
[2] http://pt.avc/
[3] http://www.portugalavc.pt/
[4] https://www.atlasdasaude.pt/artigos/avc-necessidade-de-cuidados-apos-fase-aguda
[5] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/pequenas-mudancas-fazem-diferenca-na-reducao-do-risco-de-avc
[6] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/depois-do-avc-o-que-fica
[7] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[8] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/artigos-de-opiniao
[9] https://www.atlasdasaude.pt/autores/portugal-avc