De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) os Coronavírus são uma grande família de vírus, conhecidos desde a década de 60 do século passado, que causam infeções respiratórias em seres humanos e outros animais. E, embora habitualmente sejam responsáveis por doenças respiratórias [1] leves ou moderadas, em alguns casos podem resultar em infeções potencialmente mortais, uma vez que estes vírus têm a capacidade de debilitar o sistema imunitário [2].
O vírus recentemente identificado na China pertence a uma nova estirpe que apresenta algumas semelhanças com outros vírus que surgiram nos últimos anos, nomeadamente com a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 vitimou cerca de 650 pessoas na China e infetou mais 8000 pessoas na América do Norte, América do Sul, Europa e Asia. Na altura, o vírus surgiu na preparação de um prato típico confecionado com carne de galinha, gato e cobra.
O vírus atual já foi associado a mais 400 casos de pneumonia [3], tendo provocado pelo menos 17 mortes.
Visto ao microscópio, este vírus tem à sua volta uma espécie de coroa de espinhos, daí o nome coronavírus.
Embora até à data se afirmasse que não existia evidência de transmissão pessoa-a-pessoa, uma vez que esta nova estirpe ainda se encontraria em investigação - a diretora do Departamento de Doenças Emergentes da OMS, Maria Van Kerkhove, chegou mesmo a afirmar que possibilidade de contágio entre humanos era muito baixa, a verdade é que as autoridades chinesas já confirmam pelo menos dois casos em que o vírus se transmitiu entre profissionais de saúde.
Os sintomas mais frequentes de infeção por Coronavírus são semelhantes ao de uma gripe [4], cursando com febre, tosse e dificuldade em respirar.
Em casos mais graves pode dar origem a infeções respiratórias agudas, falha no funcionamento de alguns órgãos e conduzir à morte.
De acordo com a Direção Geral de Saúde, que tem acompanhado com especial atenção a situação, quem viajar para a China deve tomar algumas precauções, como:
A DGS recomenda ainda que, caso apresente sintomas, deve procurar atendimento médico e informar o médico sobre a história da viagem.
A OMS destaca ainda que a higiene nasal diária é também um fator importante a ter em conta, já que a mucosa nasal é a primeira barreira de defesa perante os microrganismos presentes no ar que respiramos.
Ligações
[1] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/doencas-respiratorias
[2] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/sistema-imunitario
[3] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/os-diferentes-tipos-de-pneumonia
[4] https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/gripe
[5] https://www.atlasdasaude.pt/fonte/oms-dgs
[6] https://www.atlasdasaude.pt/foto/imagem-ilustrativa
[7] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/infeccoes-virais
[8] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/infeccoes
[9] https://www.atlasdasaude.pt/autores/sofia-esteves-dos-santos