A pneumonia é uma doença infeciosa pulmonar ou seja que atinge os pulmões, e que pode afetar qualquer pessoa, desde que os mecanismos de defesa habituais do organismo estejam diminuídos ou comprometidos. A gravidade da doença está condicionada pelo facto de existirem ou não doenças crónicas associadas.
A maior parte das Pneumonia é adquirida na comunidade e pode ocorrer:
Os sintomas principais são tosse com expectoração, podendo nalguns casos ocorrer tosse seca, calafrios, febre e dificuldade respiratória e dores no tórax. Pode surgir também mal-estar generalizado, naúseas, vómitos e prostração. Os sintomas vão depender da extensão da doença e do microrganismo que a cause.
Geralmente, a pneumonia produz uma alteração característica da transmissão dos sons que que pode ser detectada durante a observação clinica do doente, na auscultação pulmonar. O Diagnóstico é depois confirmado com uma radiografia ao tórax.
Em alguns casos podem ser realizadas análises de microbiologia, no sentido de tentar identificar o microrganismo. No entanto, em metade dos indivíduos com pneumonia não se chega a identificar o microrganismo responsável.
Nos adultos, as causas mais frequentes são as bactérias, como o Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, Legionella e Hemophilus influenzae.
Destes, o Streptococcus pneumoniae é o principal microrganismo, sendo o responsável pelo maior número de casos e de mortalidade. Daí a importância da vacinação antipneumocócica, de modo a prevenir as complicações graves.
A vacinação está indicada para os grupos de risco, que inclui pessoas com idade superior a 65 anos, doentes imunocomprometidos e com doenças crónicas (ex: doenças cardiovasculares [1], pulmonares, diabetes mellitus, cirrose, etc.) ou pessoas que residam ou trabalhem em locais com um risco aumentado de infecções pneumocócicas ou das suas complicações (ex: pessoas idosas hospitalizadas, pessoas em instituições de prestação de cuidados de saúde, etc.).
O tratamento da PAC é feito com terapêutica antibiótica. A escolha do antibiótico depende de vários aspectos que são considerados, nomeadamente:
Na maior parte dos casos, o tratamento é realizado sem necessidade de internamento. Pode contudo ser necessário o internamento, sobretudo em casos de doentes idosos, com febre persistente, compromisso da função renal, ou dificuldade respiratória com diminuição da oxigenação do sangue. Neste último caso é necessário o suporte com oxigénio. Casos graves podem condicionar insuficiência respiratória grave com necessidade de ventilação mecânica.
Ligações
[1] http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/doencas-cardiovasculares-0
[2] https://www.atlasdasaude.pt/foto/shutterstock
[3] https://www.atlasdasaude.pt/taxo-categories/sistema-respiratorio
[4] https://www.atlasdasaude.pt/autores/dra-cristina-cristovao-pneumologista-clinica-de-santo-antonio