Saúde infantil

Aleitamento materno: saiba porque é tão importante amamentar

Atualizado: 
06/08/2019 - 10:59
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno em exclusivo durante os primeiros seis meses de vida. A partir desta idade é indicada a introdução de alimentos semissólidos e sólidos, dada a incapacidade do leite materno em exclusivo suprir todas as necessidades nutricionais da criança a partir do segundo semestre de vida.

O leite materno é um alimento adequado às necessidades energéticas, nutricionais e hídricas do recém-nascido. Rico em água, em proteínas, em lípidos, em glícidos, em vitaminas e em minerais, o leite materno está perfeitamente adaptado ao recém-nascido, fornecendo-lhe todos os nutrientes de que ele precisa nos primeiros meses de vida para um desenvolvimento adequado.

Para além dos benefícios a nível nutritivo e imunológico, existem outras vantagens no aleitamento materno não só para o bebé, mas também para a mãe, quer a curto quer a longo prazo.

Algumas das vantagens do leite materno para o bebé são:

  • Melhor digestibilidade;
  • Melhor biodisponibilidade dos nutrientes;
  • Prepara o bebé para a introdução de novos alimentos na sua alimentação, uma vez que o leite materno resulta da alimentação da mãe. Assim, mais tarde, com a introdução de novos alimentos, o bebé estará familiarizado com diferentes sabores;
  • Reforça o sistema imunitário da criança;
  • Reduz a incidência de infeções gastrointestinais, respiratórias e de alergias;
  • Reduz o risco do aparecimento na idade adulta de hipertensão arterial, obesidade, diabetes, entre outras doenças crónicas.

As fórmulas artificiais não contêm os anticorpos encontrados no leite materno. No lactente, o maior risco de carência de minerais é em ferro. O leite materno aumenta a absorção de ferro comparativamente às fórmulas artificiais (40-50% vs 4-7%).

No caso das fórmulas artificiais, existem riscos acrescidos na sua utilização. Por exemplo, contaminação microbiológica das fórmulas ou utilização de água imprópria ou de equipamentos não esterilizados.

Além de todas as vantagens para o lactente, o aleitamento materno promove ainda uma recuperação rápida do corpo da mãe após o parto, uma recuperação no tamanho do útero, reduzindo assim o risco de hemorragia. Retarda, também, o aparecimento da menstruação após o parto (impedindo nova gravidez) e contribui para uma menor incidência de algumas patologias no futuro, tais como o cancro da mama e do ovário, diabetes tipo 2 e depressão pós-parto.

O aleitamento materno fortalece, ainda, o vínculo entre a mãe e o filho. Também, permite poupar tempo e recursos, pois é uma opção económica, prática e conveniente, uma vez que não necessita de preparação prévia, aquecimento e utilização de biberões.

Amamentar é também considerado um ato ecológico pois elimina a necessidade de utilização de vários produtos não biodegradáveis, tais como as latas das fórmulas artificiais e os biberões de plástico.

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Ana Rita Lopes - Nutricionista, coordenadora da Unidade de Nutrição Clínica do Hospital Lusíadas Lisboa

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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