Sociedade Portuguesa de Cardiologia

Tutela, media, gestores, médicos e sociedade civil convidados a repensar o futuro da saúde cardiovascular dos portugueses

Pela redução da mortalidade por doenças do aparelho circulatório, pela prevenção e reconhecimento da Insuficiência Cardíaca, pela Prevenção da Morte Súbita, a SPC convida políticos, jornalistas, gestores hospitalares, profissionais de saúde e sociedade civil a desenhar novas prioridades para que, num futuro muito próximo as doenças cardiovasculares deixem de ser a primeira causa de morte em Portugal!

Assim, dia 13 de dezembro, na Fundação Calouste Gulbenkian reúnem-se líderes de opinião para, em conjunto, debaterem o futuro da Saúde Cardiovascular dos Portugueses. O cardiologista e presidente da SPC, um economista, um jornalista e diretor de um jornal de referência nacional, um ex-ministro da saúde e uma epidemiologista, João Morais, Pedro Pita Barros, Paulo Baldaia, Correia de Campos e Ana Azevedo, respetivamente, compõem o quadro de preletores que se propõe a analisar as decisões e estratégias que permitam elevar a saúde cardiovascular no nosso país.

Pela primeira vez, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, assume publicamente a vontade de promover uma ação que, não sendo exclusivamente científica, pretende criar redes de trabalho e de apoio à decisão, junto de quem decide, para que os portugueses possam ter acesso a uma melhor saúde cardiovascular. Ao realizar a Conferência SPC, “Repensar o Futuro da Saúde Cardiovascular em Portugal”, a SPC reivindica para si o impulso de intervir na definição de uma estratégia a curto e médio prazo que vise a contínua melhoria da saúde cardiovascular dos portugueses. Com esta assunção, definimos e reforçamos o papel desta sociedade científica, que é o de contribuir ativamente para a redução da mortalidade por doenças do aparelho circulatório no nosso país.

Os números são alarmantes: cerca de 26 milhões de pessoas no mundo inteiro sofrem de insuficiência cardíaca e, em 2030, estima-se que este número tenha subido 25%. Portugal não é exceção e conta já com quase meio milhão de casos por todo o território. No futuro, é expectável que uma em cada cinco pessoas venha a desenvolver insuficiência cardíaca em algum momento da vida e a tendência é para que o número aumente. É por isso imperativo assumir que o tratamento desta doença é uma prioridade nacional. A insuficiência cardíaca, hoje quase omissa dos grandes planos de saúde, deve passar a constituir uma prioridade nacional, à qual os decisores deverão prestar particular atenção. A identificação adequada destes doentes e a sua orientação para centros com capacidade para os tratar, deve passar a constituir um desígnio nacional.

De igual modo, a prevenção da morte súbita é uma área de intervenção fulcral e cuja prevenção e tratamento adequado irá permitir importantes ganhos em saúde. A correta identificação de vítimas em paragem cardiorrespiratória e o acesso precoce à desfibrilhação é um desafio para todo o mundo civilizado, a que Portugal não é alheio. Trata-se de um direito de cidadania que importa desenvolver.

É imperativo que sejam implementadas políticas na área da saúde e que seja delineada uma estratégia que possa garantir o direito do cidadão a cuidados de saúde de qualidade, com o objetivo de continuar a reduzir a mortalidade por doença cardiovascular em Portugal!

Fonte: 
SConsulting
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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