Radioterapia

Terceiro acelerador linear nos Hospitais de Coimbra reforça Serviço Nacional de Saúde

A entrada em funcionamento do terceiro acelerador linear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra reforça a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde e aumenta as oportunidades para os doentes, defendeu hoje o presidente daquela unidade.

A licença da tutela para a entrada em funcionamento do terceiro acelerador linear no serviço de radioterapia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) chegou na sexta-feira e, na terça-feira, o equipamento já estava a efetuar tratamentos, aumentando para três o número de aparelhos em atividade diária nos Hospitais de Coimbra.

Em declarações, o presidente do Conselho de Administração do CHUC, José Martins Nunes, sublinhou que a “atribuição da terceira licença é uma excelente notícia para o CHUC, para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e para a cidade, mas fundamentalmente para os doentes, que assim encontram mais uma nova esperança para o tratamento da sua doença”.

“Foi um processo de escrutínio técnico muito rigoroso e profundo por parte dos organismos que têm a responsabilidade de produzir parecer com vista à decisão do ministro da Saúde, dado que os aceleradores lineares são equipamentos ‘pesados’ atribuídos em função de múltiplos indicadores, como sejam demográficos e de incidência da patologia oncológica”, sublinhou o presidente do CHUC.

De acordo com José Martins Nunes, “com o aumento da capacidade terapêutica, Coimbra disponibiliza para a região, e até para fora da região, mais oportunidade de acesso dentro do SNS, cumprindo um dos seus mais importantes desígnios: dar um contributo decisivo para que seja possível tratar mais doentes, com mais qualidade, com mais oportunidade e com melhor acesso”.

“Com os recursos que temos e fazendo a utilização dos três aparelhos é muito mais fácil colocar os doentes em tratamento de uma forma mais rápida e diminuir a espera para a realização de tratamento”, defendeu, por outro lado, Margarida Borrego, diretora do Serviço de Radioterapia do CHUC.

Segundo esta responsável, a partir de agora vai ser possível “diminuir o tempo de espera e tornar muito mais fácil o acesso ao tratamento do doente oncológico”.

Antes da entrada em funcionamento do terceiro equipamento, o serviço de Radioterapia tratava, em média, cerca de 120 doentes por dia, dependendo do tipo de patologia, em dois turnos ininterruptos, das 08:00 às 20:00, de segunda a sexta-feira.

O serviço de Radioterapia tem notado uma procura crescente ao longo dos últimos anos, tendo verificado em 2016 um aumento de doentes em tratamento na ordem dos 06% relativamente ao ano anterior.

“Verifica-se também o pedido de tratamentos para doentes muito deles para terapêutica paliativa, em que um acesso rápido é fundamental, porque são doentes que têm dor que não é controlada ou ainda para evitar fraturas”, disse Margarida Borrego.

Com os turnos lotados, “era difícil conseguir, muitas vezes, colocar mais um doente em tratamento”.

“A possibilidade de termos esta máquina a funcionar permite-nos tratar os doentes de uma forma mais célere”, acrescentou.

Para o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), Carlos Cortes, que, em meados de abril, denunciou a inatividade do acelerador linear por falta de licença da tutela, prevaleceu “o bom senso e a superior preocupação com os doentes”.

Salientando que se trata de uma “vitória dos doentes”, Carlos Cortes frisou que a região Centro “está mais forte do que na semana passada”.

O presidente da SRCOM volta a referir que são precisos mais aceleradores lineares para responder às necessidades da região nesta área da saúde.

Segundo Carlos Cortes, a região possui seis equipamentos de radioterapia (três no CHUC e outros tantos no IPO de Coimbra), e, em breve, vai dispor de mais um, no Centro Hospitalar de Tondela/Viseu, mas a rede de referenciação aponta para a necessidade de “11 a 12 aparelhos”.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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