10 de dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos

A Saúde é um direito humano universal

No mundo existem pelo menos 400 milhões de pessoas sem acesso a cuidados de saúde. Em Portugal, ainda há pessoas que não têm acesso a cuidados de saúde nem à medicação necessária.

“Todos têm direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover”. Assim dita o Artigo 64º da Constituição Portuguesa. A Sociedade Portuguesa de Cardiologia, no Dia Internacional dos Direitos Humanos vem alertar para a necessidade de garantir o acesso a cuidados de saúde por parte dos portugueses que, em pleno século XXI, ainda não têm acesso a cuidados de saúde adequados.

No mundo, há milhões de pessoas que, embora tenham manifestações de doença cardiovascular, não conseguem obter ajuda pois o hospital mais próximo fica a vários quilómetros de distância. A situação é preocupante quando se verifica que, mesmo em Portugal, existe uma faixa da população envelhecida e com acesso limitado a infraestruturas de saúde. Importa, portanto, ultrapassar questões sociais, geográficas, económicas ou mesmo culturais que impedem que as pessoas obtenham cuidados de saúde.

A taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares diminuiu de forma considerável nas últimas décadas, em parte devido à melhoria dos cuidados de saúde. No entanto 1 em cada 3 portugueses continua a morrer por doença cardiovascular, o que poderia ser evitável caso o diagnóstico atempado e o tratamento adequado fossem conseguidos. Segundo o Relatório da Primavera 2017, muitos portugueses não conseguem fazer a terapêutica prescrita pelo médico por não terem condições económicas para adquirir os medicamentos. No caso das doenças cardíacas, a maioria delas crónicas, esta situação é obviamente preocupante.

Não é só o acesso a cuidados de saúde que é decisivo, pois muitos portugueses desconhecem os fatores de risco responsáveis por várias doenças e não sabem como fazer uma prevenção adequada das mesmas. Por esse motivo, a aposta na literacia da população no que toca às questões da saúde, deve ser prioridade.

A propósito do Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia alerta os portugueses para a necessidade de garantir o acesso à saúde por parte de todos os cidadãos. Apesar de o panorama das doenças cardiovasculares ter melhorado nas últimas décadas, ainda há um longo caminho a percorrer.

Fonte: 
SConsulting
Nota: 
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