Estudo

Pílula pode ajudar a prevenir vários cancros

Um estudo revelou que as mulheres que tomam a pílula contracetiva podem reduzir o risco de contrair o cancro do útero, dos intestinos e dos ovários.

Um estudo revelou que as mulheres que tomam a pílula contracetiva podem reduzir o risco de contrair certos tipos de cancro, mesmo após 30 anos de terem parado a sua toma, conta o The Guardian. A investigação, levada a cabo por cientistas da Universidade escocesa de Aberdeen, mostrou que a pílula pode prevenir o cancro do intestino, do cólo do útero e dos ovários, a partir da análise e acompanhamento de 46 mil mulheres durante 50 anos. Conduzido pelo Royal College of General Practitioners, foi o maior estudo alguma vez já realizado sobre os efeitos na saúde dos métodos contracetivos orais a longo prazo.

“Como o estudo foi realizado durante um período de tempo tão longo, somos capazes de compreender e analisar os efeitos a longo prazo, se houver alguns, associados à toma do comprimido”, admitiu Lisa Iversen, investigadora do Instituto de Ciências Aplicadas para a Saúde da Universidade de Aberdeen e uma das autoras da pesquisa.

Nos últimos anos, escreve o Observador, vários especialistas afirmaram que as pessoas que tomam ou tomaram a pílula durante mais de cinco anos poderiam duplicar o risco de contrair cancro. Mas os resultados desta pesquisa vieram comprovar exatamente o contrário.

Um dos nossos objetivos era também perceber e ter uma noção mais aprofundada do balanço global de todos os tipos de cancro nas mulheres que tomaram ou estão a tomar a pílula. Não encontrámos quaisquer evidências de novos riscos de cancro que possam aparecer nas mulheres à medida que elas vão envelhecendo. Estes resultados, conseguidos através do maior estudo do mundo sobre métodos contracetivos, são tranquilizantes”, revelou ainda Iversen.

O estudo, que foi realizado com a ajuda e financiamento do Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido, da Fundação Britânica do Coração e do Fundo de Pesquisa para o Cancro, encontra-se publicado pelo American Journal of Obstetrics and Gynecology.

Fonte: 
Observador
Nota: 
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