Direção-Geral da Saúde

Pico de gripe já deverá ter sido atingido

A atividade gripal em Portugal está "com tendência para a estabilidade", com todos os valores a indicarem que o pico "já tenha sido atingido", disse ontem a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

Em conferência de imprensa para fazer o balanço da epidemia da gripe deste inverno a responsável disse que na terceira semana de janeiro "a atividade gripal continua em epidemia ligeira", com os casos de gripe a diminuírem no norte e no Algarve, a estabilizarem na região de Lisboa e a terem uma "ligeira tendência crescente" na região centro.

Sem grandes alterações em relação à semana passada, disse Graça Freitas que se mantém a predominância do vírus B, o menos agressivo, e que a procura de cuidados médicos foi inferior ou manteve-se ao nível da semana passada.

A epidemia de gripe provocou até agora oito mortos, de pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos. Sete mortes foram provocadas pelo vírus B e uma pelo vírus A.

No boletim de vigilância epidemiológica da gripe, do Instituto Ricardo Jorge, também se diz que a atividade é de baixa intensidade e com tendência estável, com uma taxa de incidência de 58,4 por 100 mil habitantes. E que na terceira semana do ano os vírus de tipo B foram detetados em 79% dos casos de gripe.

"Foram reportados 13 casos de gripe pelas 26 Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) que enviaram informação. Foi identificado o vírus influenza A em 3 (23%) doentes e o B em 10 (77%). A proporção de casos de gripe admitidos em UCI nesta semana (4,4%) é semelhante à da semana anterior (4,2%)", lê-se no boletim.

"Se não houver nenhuma alteração drástica a tendência (de casos de gripe) será para diminuição", disse Graça Freitas, acrescentando que as previsões são de descida de casos nas próximas semanas, porque "tudo indica que o pico já foi atingido".

No último mês, última semana de dezembro e primeiras três de janeiro, morreram em Portugal 10.702 pessoas (por todas as causas). Neste período houve uma sobremortalidade, em relação à linha de base (mortalidade esperada) de cerca de 1.300 óbitos por todas as causas, segundo a Direção-Geral da Saúde. Estes 1.300 óbitos fazem parte do total de óbitos ocorridos nas quatro semanas (os 10.702).

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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