Redução da taxa e a incidência de eventos

Nova evidência reforça o perfil favorável da injeção de insulina glargina

Para as pessoas com diabetes, os primeiros meses de tratamento com insulina de ação prolongada são fundamentais para a aderência e resultados a longo prazo. Neste sentido, foram levados a cabo vários Ensaios Clínicos controlados aleatorizados c e de Evidência do Mundo Real (RWE) para obter uma visão ampla de como esta terapêutica realmente afeta pessoas com diabetes aquando do início do tratamento com insulina basal.

As pessoas com diabetes que apresentam episódios de níveis baixos de açúcar no sangue (hipoglicemia) durante os primeiros meses de tratamento com insulina basal, tendem a utilizar mais recursos de saúde e são mais propensas a interromper o tratamento do que as que não registam este evento.

A hipoglicemia pode ter impacto significativo nas pessoas com diabetes e representa um custo elevado para os sistemas de saúde e para a sociedade2, sendo que o medo da hipoglicemia por parte dos profissionais de saúde e das pessoas com diabetes pode levar a uma dose “subótima”3 e, consequentemente, a complicações de saúde graves a longo prazo.

É no período inicial do tratamento, o chamado período de titulação, que são realizados a maioria dos ajustes de dose e do controle de açúcar no sangue. Portanto, é importante garantir que as pessoas com diabetes, que necessitam de insulina, começam o tratamento da melhor forma, evitando pausas ou a interrupção do mesmo.

As vantagens da injeção de insulina glargina foram avaliadas através de vários Ensaios Clínicos controlados aleatorizados c e de Evidência do Mundo Real (RWE) para obter uma visão ampla de como esta terapêutica realmente afeta pessoas com diabetes aquando do início do tratamento com insulina basal.

Segundo os estudos, a insulina glargina proporciona um risco igual ou inferior de baixar o nível de açúcar no sangue em comparação com a insulina Degludec em pessoas com diabetes tipo 2 que iniciaram tratamento com insulina

No primeiro ensaio controlado aleatorizado head-to-head que compara a eficácia e segurança de insulinas basais de segunda geração, este tipo de insulina demonstrou, nos resultados primários, um controlo semelhante do valor de açúcar no sangue versus a insulina degludec.

Este estudo, designado de BRIGHT, publicado na Diabetes Care, demonstrou também uma redução na ocorrência de episódios de descida a dos níveis de açúcar no sangue nas primeiras 12 semanas de tratamento. 

LIGHTNING PM, um amplo estudo de RWE, demonstrou que a insulina glargina tende a reduzir a taxa de eventos previstos de descida do nível de açúcar no sangue em comparação com a insulina degludec em pessoas com diabetes tipo 2 que estão a iniciar o tratamento com insulina.

Os dois estudos, que utilizaram diferentes metodologias, mostraram resultados semelhantes ou superiores para insulina glargina (300 Unidades/mL), insulina basal de segunda geração, em comparação com a insulina degludec 100 Unidades/mL. Ambos os estudos foram apresentados na Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (EASD), no 54º Encontro Anual em Berlim, Alemanha.5,6

O estudo head-to-head BRIGHT demonstrou um controlo comparativo dos níveis médios de açúcar no sangue (HbA1c) com insulina glargina versus insulina degludec. Durante as primeiras 12 semanas de terapêutica (período de titulação), a insulina glargina reduziu a taxa e a incidência de eventos confirmados de níveis baixos de açúcar no sangue (≤70 mg/dL) em 23% e 26% respetivamente, em comparação com a insulina degludec.7 Durante as últimas 12 semanas de tratamento (período de manutenção: 13-24 semanas), os dois tratamentos mostraram uma incidência e uma taxa de eventos comparável de níveis baixos de açúcar no sangue.5

“A hipoglicemia é uma preocupação geral para pessoas com diabetes, profissionais de saúde e serviços nacionais de saúde”, afirma Alice Cheng, professora associada de endocrinologia da Universidade de Toronto, Canadá, e principal investigadora do estudo BRIGHT. “Sabemos que viver episódios hipoglicémicos é um problema particularmente desafiador para os doentes que usam pela primeira vez uma insulina basal.”

O estudo LIGHTNING PM (RWE) demonstrou que a insulina glargina previu uma redução na taxa de episódios graves de níveis baixos de açúcar no sangue em 25% em comparação com a insulina degludec em adultos com diabetes tipo 2 a iniciar terapêutica com insulina, embora essa diferença não fosse estatisticamente significativa. O estudo também mostrou reduções versus duas insulinas basais de primeira geração (insulina detemir e insulina glargina 100 U/mL).6

Fonte: 
Bee Ineditus
Nota: 
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