Após experiências positivas

Ministros da Saúde da CPLP decidem criar uma rede de bancos de leite

Os ministros da Saúde e representantes dos Governos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa decidiram ontem, numa reunião em Brasília, criar uma rede de bancos de leite humano na comunidade.

"Considerando que os avanços alcançados nos países que implementaram Bancos de Leite Humano conferem legitimidade para propor a Rede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no âmbito dos compromissos dispostos na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável do setor da Saúde", informaram os membros da CPLP, numa resolução divulgada após o encontro.

Os ministros e representantes de Governo da CPLP destacaram "as experiências positivas da iniciativa de Bancos de Leite Humano nos países da CPLP, como Brasil, Cabo Verde e Portugal".

O plano prevê que todos os países da CPLP possam atuar de forma integrada na criação de um Banco de Leite que atenda às necessidades da população local.

O projeto é uma das ações promovidas no grupo para atingir as metas da agenda 2030, que defende o desenvolvimento sustentável, da Organização das Nações Unidas (ONU).

Numa outra declaração assinada no mesmo evento, os representantes da CPLP informaram que também decidiram "estabelecer o Grupo de Trabalho sobre Saúde, no Contexto da Agenda 2030, composto por representantes dos Estados-membros e especialistas na matéria".

O texto frisa que o grupo irá, num prazo de 120 dias, apresentar à consideração dos ministros uma proposta de cooperação técnica visando à implementação dos objetivos do desenvolvimento sustentável e a contribuição intersetorial da Saúde.

Outra decisão tomada no encontro diz respeito ao plano estratégico de cooperação em Saúde dentro da própria CPLP, que será revisto pela fundação Oswaldo Cruz e pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical, que, em colaboração com o Secretariado Executido da CPLP, será apresentado ao Grupo Técnico em Saúde no prazo de 90 dias.

Estiveram no encontro os ministros da Saúde do BRasil, Ricardo Barros, de Cabo Verde, Arlindo Nascimento do Rosário, de São Tomé e Princípe, Maria de Jesus Trovoada dos Santos, e o vice-ministro da Saúde de Angola, Valentim Altino Chantal Matias.

Portugal foi representando por Fernando José Ramos Lopes de Almeida, presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

O diplomata Jorge Luis Mendes representou a Guiné-Bissau e os embaixadores Manoel Tomás Lubisse, de Moçambique, e Gregório de Sousa, do Timor-Leste, também participaram do encontro.

O Brasil ocupa a presidência rotativa da CPLP desde a XI cimeira, realizada em Brasília nos dias 31 de outubro e 01 de novembro de 2016, sob o tema "A CPLP e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável".

O Brasil passará em 2018 a presidência da organização para Cabo Verde.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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