Oncologia

Mais medicamentos pediátricos, mas investigação do cancro infantil representa apenas 7%

O regulamento pediátrico de medicamentos, aprovado há 10 anos, conduziu à autorização de 260 novos fármacos e promoveu a investigação, mas os tratamentos para o cancro nas crianças ainda só representa sete por cento da pesquisa nesta área.

As conclusões constam de um relatório que a Comissão Europeia entrega hoje no Parlamento Europeu e no Conselho da Europa sobre os progressos realizados nos medicamentos para crianças desde que o regulamento pediátrico entrou em vigor, há 10 anos.

De acordo com as conclusões do relatório, registaram-se nesta década “progressos significativos” no desenvolvimento de medicamentos para crianças, os quais não teriam acontecido sem uma legislação europeia específica nesta área.

O regulamento permitiu, nomeadamente, a autorização de 260 novos medicamentos.

No entanto, os medicamentos contra o cancro nas crianças ainda só representam sete por cento dos planos de investigação pediátricos.

O comissário responsável pela saúde e segurança alimentar, Vytenis Andriukaitis, congratulou-se com os resultados obtidos pela legislação, embora lamente que os avanços registados na luta contra o cancro não se registem na oncologia pediátrica.

“Nos próximos dez anos devemos focar-nos em alcançar avanços semelhantes para as crianças”, adiantou.

O relatório indica que, em 2017, o número de planos de investigação pediátrica aprovados ascendeu a mil. Destes, 131 estavam completos no final de 2016.

A área com maior número de planos concluídos é a imunologia/reumatologia (14%), seguidas de doenças infeciosas (14%), do foro cardiovascular (10%) e vacinas (10%).

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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