Ordem dos Médicos Dentistas

Mais de 5.500 utentes beneficiaram do programa de rastreio do cancro oral

Mais de 5.500 utentes beneficiaram do programa de rastreio ao cancro oral em quase quatro anos de funcionamento, tendo sido detetados 129 casos de lesões malignas e outras 168 potencialmente malignas.

Segundo os dados oficiais fornecidos pela Ordem dos Médicos Dentistas, 5.518 utentes foram abrangidos pelo Programa de Intervenção Precoce do Cancro Oral desde 2014.

Estes dados, conhecidos na véspera do Dia Mundial do Cancro, mostram que só no ano passado, foram usados 920 cheques biopsia, de um total de 986 cheques emitidos, sendo que a taxa de uso destes cheques ultrapassou os 93%.

No âmbito deste programa foram detetados 129 casos de lesões malignas e mais 168 lesões que são potencialmente malignas.

Para a Ordem dos Médicos Dentistas, este programa de intervenção e rastreio do cancro oral “está a permitir salvar vidas”, lembrando os especialistas que este tipo de cancro tem “uma das taxas de mortalidade mais elevadas”. O cancro oral é tratável se for detetado precocemente.

O número de cheques diagnóstico tem aumentado todos os anos desde o início do programa, em 2014, quando foram emitidos 2.400, passando para mais de quatro mil no ano passado.

No ano de estreia do programa, a taxa de utilização dos cheques diagnóstico não alcançou os 30% sequer, mas em 2017 já ultrapassou os 40%. Ainda assim, dos mais de quatro mil cheques para diagnóstico só foram usados cerca de 1.800.

Numa nota, a Ordem dos Médicos Dentistas assume como essencial aumentar a taxa de utilização do cheque diagnóstico.

“A taxa tem vindo a subir, mas é claramente insuficiente. É preciso explicar aos doentes a importância de usarem os seus cheques e despistarem lesões que possam ter na cavidade oral. É também importante que os médicos de família redobrem as atenções para esta patologia e recebam mais informação sobre a melhor forma de atribuir os cheques de diagnóstico aos doentes”, refere a Ordem.

Homens, fumadores, com idade igual ou superior a 40 são o principal grupo de risco, mas qualquer lesão na boca que dure mais de 15 dias deve ser vista com urgência pelo médico dentista.

As consultas semestrais são consideradas essenciais para detetar lesões, quer nalgumas consultas de medicina dentária que já existem em alguns centros de saúde, quer nos médicos dentistas convencionados através do cheque diagnóstico emitido pelos médicos de família.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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