Associação RESPIRA lançou campanha

Fumo passivo: os verdadeiros malefícios do tabaco nas crianças

Atualizado: 
25/07/2018 - 10:06
Para assinalar o Dia Mundial Sem Tabaco, a Associação RESPIRA lançou uma campanha de sensibilização sob o mote “De certeza que põe a segurança do seu filho em primeiro lugar?”, com o apoio institucional da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica.

Esta campanha pretendeu sensibilizar os condutores que fumam no interior dos carros, para os malefícios que o fumo provoca, sobretudo quando transportam crianças.

O tabagismo é considerado um grave problema de saúde pública, já que é responsável pela diminuição da qualidade e duração de vida. Tem ainda a agravante de ser um fator de risco, não só para o fumador, mas para todos aqueles que se encontram frequentemente expostos ao fumo passivo, sobretudo as crianças, que são o alvo mais sensível.

O fumador passivo desenvolve tantos problemas de saúde quanto os tradicionais fumadores. Para além das infeções respiratórias, que estão no topo das causas de morte por fumo passivo, existem outras complicações.

As crianças, dada a sua natureza mais frágil, acabam por ser fortemente afetadas com este fumo passivo. Das várias complicações destacamos o desenvolvimento de problemas respiratórios, nomeadamente asma, bronquite e pneumonia; o aumento em 30% de probabilidade de cancro do pulmão e em 24% o risco de problemas cardíacos; a curto prazo as crianças podem apresentar irritação nos olhos, dor de cabeça, náuseas, tosse, falta de ar, sinusite crônica e até problemas auditivos (perda auditiva neurossensorial); problemas psiquiátricos e psicológicos decorrentes da ansiedade e depressão causados pela inalação dos gases tóxicos do fumo do tabaco; e, por fim, os mais novos podem perder a capacidade de concentração e terem maiores dificuldades de aprendizagem, uma vez que a inalação de fumo interfere diretamente no seu comportamento, tendem a ficar mais irritadas e impacientes.

 

Autor: 
Dra. Isabel Saraiva - Vice-presidente da Associação RESPIRA
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
RESPIRA