Faculdade de Ciências Médicas recebe rastreio às doenças sexualmente transmissíveis
Ao fazerem o rastreio, os jovens, que derem o seu consentimento, estão a participar num estudo promovido pelo INSA, que visa obter dados relativos à prevalência em Portugal das DST causadas pelas bactérias Chlamydia trachomatis, (Clamídia Genital), Neisseria gonorrhoeae (Gonorreia), Mycoplasma genitalium e pelo parasita Trichomonas vaginalis (Tricomoníase), que segundo a Organização Mundial da Saúde, causam mais de 350 milhões de novas doenças por ano, no mundo, sendo as mais frequentes nos jovens sexualmente ativos.
A maioria das DST não causa sintomas, ou seja, os infetados não sentem necessidade de procurar diagnóstico, não são tratados e continuam a transmitir a infeção aos seus parceiros. É necessário atuarmos ao nível da prevenção e da sensibilização, sobretudo porque a população jovem também desconhece as consequências das DST na sua saúde reprodutiva”, afirma em comunicado Maria José Borrego, Investigadora e Coordenadora do Laboratório Nacional de Referência das Infeções Sexualmente Transmissíveis do INSA.
As DST que são objeto do estudo são curáveis pela simples toma de antibiótico, mas quando não tratadas, podem causar doença inflamatória pélvica e infertilidade e, por outro lado, potenciam o risco de aquisição e transmissão do VIH/sida, adverte a investigadora, adiantando que o conhecimento da prevalência das DST permitirá “implementar medidas de prevenção adequadas”.