Direção-Geral da Saúde

Época de matrículas reforça atenção às crianças sem vacinas

Os pais das crianças não vacinadas vão ser convocados para ir ao centro de saúde onde serão esclarecidos sobre a importância deste gesto. Segundo, a subdiretora-geral da Saúde, Graça Freitas, esta é uma prática anual, mas que este ano será reforçada "por causa do surto de sarampo".

A orientação da Direção-Geral da Saúde (DGS), publicada na sexta-feira à noite, é de que as escolas referenciem os serviços de saúde nos casos de crianças que no momento da matrícula não estejam vacinadas.

"O que se pretende é que haja um reforço das medidas que já são habitualmente tomadas, porque agora estamos na altura das matrículas. Por isso, a publicação da orientação conjunta das secretarias de estado da educação e da saúde, da direção geral dos estabelecimentos escolares e da Ordem dos Enfermeiros, para que haja um reforço para a sensibilização de vermos quem está ou não vacinado", explica Graça Freitas.

No caso de ser identificada uma criança não vacinada, as escolas informam "os delegados de saúde coordenadores do respetivo Agrupamento de Centros de Saúde", refere a orientação. Estes serviços serão os responsáveis por "enviarem aos pais um convite - por sms, carta ou telefonema -, que é uma convocatória", para "se quiserem ir ao centro de saúde e aí serem esclarecidos das vantagens e desvantagens (que quase não existem), da vacinação e terem uma noção dos riscos da não vacinação", esclarece a responsável da DGS.

Graça Freitas sublinha, no entanto, que não são muitos os pais chamados, por ano, para conhecerem as vantagens da vacinação, escreve o Diário de Notícias. "Temos uma taxa de vacinação elevada em Portugal, a taxa de cobertura ultrapassa os 95%, por isso, os números da sensibilização não são muito elevados." Para a subdiretora da Saúde, esta sensibilização é "dar mais uma oportunidade para que as crianças sejam vacinadas". "Os portugueses reagem muito bem à vacinação, normalmente não existem bolsas de resistência, o que acontece é que houve alguma falha ou esquecimento ou acharam que já tinha passado o tempo de ser vacinado para determinada doença, mas depois de serem esclarecidos há uma boa adesão à vacinação."

Este alerta foi reforçado este ano na sequência do surto de sarampo que em Portugal matou uma jovem de 17 anos, há um mês. Desde janeiro e até 16 de maio (data da última atualização) tinham sido confirmados 29 casos de sarampo. Destes, 14 foram internados e 17 não estavam vacinados. Além dos casos confirmados, as autoridades receberam 145 notificações de casos suspeitos. Os casos têm vindo a diminuir nas últimas semanas.

Fonte: 
Diário de Notícias Online
Nota: 
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