Dia Nacional do Doente Coronário - 14 de fevereiro

A doença das Artérias Coronárias afeta 10 mil portugueses por ano

Anualmente, esta doença é responsável pela morte de cerca de 2 milhões de pessoas na Europa. Afeta principalmente o sexo masculino, embora a probabilidade de ocorrer em mulheres aumente após a menopausa.

A 14 de Fevereiro, assinala-se o Dia Nacional do Doente Coronário e, como tal, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia alerta para os números alarmantes da doença coronária no nosso país.

As doenças cardiovasculares têm ocupado, ao longo dos anos, o primeiro lugar nas causas de morte em Portugal, sendo que a doença arterial coronária representa mais de um terço das causas.

Esta é provocada por placas de gordura que se vão acumulando ao longo do tempo nas paredes das veias e artérias (aterosclerose) e que as vão estreitando, impedindo uma correta circulação do sangue. Desta forma, o músculo cardíaco não recebe oxigénio suficiente nem os nutrientes necessários ao seu funcionamento, o que poderá causar angina de peito ou enfarte audo do miocárdio.

Os fatores de risco mais frequentemente associados à doença coronária são o sedentarismo e uma alimentação inadequada, que têm como consequência o excesso de peso, a pressão arterial elevada e a diabetes. Adicionalmente, o tabagismo é também um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença coronária e é responsável por cerca de 20% das mortes relacionadas com esta doença.

Alguns dos fatores de risco não são passíveis de serem modificados, tais como os fatores genéticos e a história familiar; o sexo masculino e a idade avançada estão também diretamente ligados ao desenvolvimento desta doença.

A doença coronária tende a ser diagnosticada cerca de 10 anos mais tarde na mulher, quando comparado com o homem, devido às hormonas segregadas durante a idade fértil e que são um fator protetor.

Após a menopausa, o risco das mulheres aumenta e aproxima-se progressivamente do risco cardiovascular dos homens.

Importa alterar que a doença coronária nem sempre apresenta sintomas; ou seja, o primeiro sinal poderá ser um enfarte agudo do miocárdio e neste caso, a probabilidade de um evento fatal é de cerca de 30%.

No entanto, a maioria das pessoas pode apresentar alguns sintomas de alerta, tais como falta de ar, fadiga constante, e dor ou desconforto na zona torácica (angina de peito) que pode estender-se ao braço e pescoço.

A prevenção da doença coronária é conseguida através da adoção de hábitos saudáveis tais como a cessação do tabagismo, uma boa alimentação e a prática de exercício físico, tendo sempre em conta as limitações de cada doente. Contudo, este objetivo só será atingido se houver uma educação e sensibilização da população, alertando-a para os perigos das doenças cardiovasculares no geral e da doença coronária em particular.

A Sociedade Portuguesa de Cardiologia apela, assim, a todos os cidadãos que procurem ajuda médica no caso de apresentarem os sintomas descritos e pertencerem a um grupo de risco.

 

Fonte: 
S Consulting-Consultoria e Comunicação para a Saúde
Nota: 
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